Grupos rivais iniciam cessar-fogo em aldeias xiitas na Síria após 114 mortes
Cairo, 20 set (EFE).- Pelo menos 74 rebeldes fundamentalistas islâmicos e 40 membros das forças do governo da Síria morreram em confrontos desde a última sexta-feira perto das aldeias xiitas de Fua e Kefraya, na província de Idlib, no norte do país, onde está previsto o início de um cessar-fogo neste domingo.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a paz reinava hoje nas duas localidades, cercadas a meses por rebeldes islâmicos e que são os últimos bastiões sob controle do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, na província.
Espera-se que o cessar-fogo entre em vigor às 12h locais (6h em Brasília). Além de Fua e Kefraya, outros povoados, como Al Zabadani e Madaya, na periferia de Damasco, serão beneficiadas com a medida.
Em agosto, o regime e os rebeldes já tinham pactuado uma trégua na região, que fracassou devido às diferenças em ambos os grupos.
Os dias que antecederam esse novo cessar-fogo foram especialmente violentos. Nos enfrentamentos, morreram pelo menos 36 líderes e membros da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, e de outros grupos fundamentalistas, como o Jund al Aqsa e o Movimento dos Livres do Sham.
Além disso, entre os combatentes dos aliados dos radicais islâmicos morreram 30 guerrilheiros estrangeiros, entre eles uzbeques e chechenos. Outros oito jihadistas se suicidaram com carros-bomba durante os confrontos.
Pelo lado governamental, 40 integrantes das Forças de Defesa Nacional – milícia pró-governo – e do movimento xiita libanês Hezbollah perderam a vida.
A guerra civil na Síria já deixou mais de 240 mil mortos, entre os quais 72 mil eram civis, segundo o último balanço divulgado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos sobre um conflito que já dura quatro anos. EFE
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