Indústria registra terceiro mês seguido de queda no faturamento, diz CNI

  • Por Agencia Brasil
  • 04/03/2015 13h56
03/05/2004 angra dos reis rj estaleiro bras fels . verolme foto antonio pinheiro GERJ Indústria

O faturamento real da indústria caiu 2,6%, em janeiro, na comparação com dezembro de 2014. É o terceiro mês seguido de queda no índice, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou nesta quarta (4) o levantamento de indicadores industriais. O valor também é menor que o registrado em janeiro de 2014 (-8,4%).

As horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada, entretanto, cresceram em janeiro, em relação ao mês anterior. As altas foram, respectivamente, 1,9% e 0,4 ponto percentual, nas séries livres de influências sazonais. Em janeiro, a indústria operou, em média, com 81,5% da capacidade instalada. Ainda assim, os índices continuam em baixo nível, comparados a janeiro de 2014 – o indicador atual de horas trabalhadas está 8% menor e a utilização da capacidade instalada está 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no ano passado.

A indústria ainda não voltou a contratar em janeiro, mas, apesar da queda no faturamento, o indicador de emprego ficou estável em relação a dezembro. Esse é o segundo mês consecutivo que o indicador não cai, depois de nove meses seguidos de queda em 2014. O nível de emprego atual é 3,5% inferior ao registrado em janeiro de 2014.

Na avaliação da CNI, a pesquisa mostra “que a enfraquecida demanda doméstica segue como um limitador adicional à recuperação da indústria”. Revela ainda que a massa salarial recuou 0,5% de dezembro para janeiro – quinta queda mensal consecutiva. Na comparação com janeiro do ano passado, o resultado representa queda de 3,3%.

Entretanto, o rendimento médio real cresceu 0,3% em janeiro, em relação ao mês anterior. Na comparação com janeiro do ano passado, a alta é 0,2%. Segundo a pesquisa, “o rendimento médio ainda mostra crescimento porque há certa inércia dos reajuste salariais de 2014, e os efeitos da redução do emprego na indústria ainda é parcial”.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil // Edição: Denise Griesinger

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