John Kerry cobra que governo do Irã liberte jornalista do “Washington Post”

  • Por Agencia EFE
  • 07/12/2014 15h10
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Washington, 7 dez (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, lamentou neste domingo as informações de que o Irã apresentou acusações formais contra o jornalista Jason Rezaian, do “Washington Post”, que foi detido em julho.

“Os Estados Unidos estão profundamente decepcionados e preocupados com as informações de que o Poder Judiciário apresentou acusações não especificadas contra o jornalista, e que o juiz tenha negado pedido de libertação sob fiança”, disse Kerry, em comunicado.

Conforme divulgou neste sábado o “Post”, o americano estava devidamente credenciado para atuar no país e tem dupla cidadania, segunda informação esta, que não é reconhecida pelo governo de Teerã. Rezaian contratou um advogado, mas as autoridades iranianas não permitiram que houvesse contato entre os dois.

Kerry considerou que esta impossibilidade de acesso do advogado ao cliente “é uma clara violação das próprias leis do Irã, e das normas internacionais”. Para o secretário, o jornalista sequer apresenta ameaça.

“Exigimos que o governo iraniano retire cada uma das acusações contra Jason e o liberte imediatamente para que possa se reunir com sua família”, afirmou.

O chefe da diplomacia americana ainda denunciou que o país asiático vem negando os constantes pedidos para que haja acesso consular ao jornalista, através da embaixada suíça em Teerã.

“Compartilhamos as preocupações da família sobre os informes que apontam para sofrimento físico e psicológico, além de ele não estar recebendo cuidados médicos adequados”, garantiu Kerry.

Jason Rezaian foi detido em 22 de julho com sua esposa, Yeganeh Salehi, que é correspondente do jornal “The National”, dos Emirados Árabes. Ela, contudo, foi libertada no início de outubro.

Kerry também pediu novamente ao Irã a libertação dos cidadãos americanos Amir Hekmati e Saeed Abedini, detidos no país há três e dois anos, respectivamente, além da cooperação de Teerã para localizar Robert Levinson, um ex-agente do FBI que desapareceu no Irã em 2007. EFE

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