Justiça da Argentina convoca altos cargos do governo para depor por corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 12/02/2014 16h02
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Buenos Aires, 12 fev (EFE).- A Justiça da Argentina convocou nesta quarta-feira para depor o ex-chefe de gabinete de ministros Juan Manuel Abal Medina e o atual porta-voz presidencial do governo argentino, Alfredo Scoccimarro, por suposto desvio de fundos públicos, informaram fontes judiciais.

Abal Medina e Scoccimarro deverão comparecer perante o juiz Claudio Bonadio, que encontrou “grau de suspeita suficiente” sobre o suposto uso de recursos públicos na emissão de um anúncio para atacar à oposição durante o intervalo de um jogo de futebol em 2012, afirmou o Centro de Informação Judicial.

Os fatos que foram citados ocorreram no contexto de uma disputa sobre a transferência do metro de concessão de Buenos Aires a partir do governo nacional para a cidade, liderado pelo atual prefeito, Mauricio Macri, do partido opositor Proposta Republicana (PRO).

Legisladores do PRO denunciaram então que, no intervalo do uma partida entre River Plate e Estudiantes de la Plata foi emitida uma publicidade, patrocinada pela presidência, na qual a gestão do metrô da capital argentina era criticada.

A denúncia foi interposta por um suposto delito de desvio de recursos públicos, ao considerar que “o Poder Executivo Nacional utilizou fundos públicos, que deveriam ter outros fins comuns à cidadania e evidentemente atribuídos a outros conceitos (…)”.

Após a investigação judicial, concluída no final de 2013, o juiz Bonadio, que deverão se apresentar nos tribunais determinou que fosse chamado para depor Abal Medina e Scoccimarro nos dias 27 e 26 deste mês, respectivamente.

O juiz citou também Gustavo Fernández Russo, titular da Subsecretaria de Comunicação de Conteúdos de Difusão, e o integrante da organização juvenil kirchnerista “La Cámpora” Rodrigo Rodríguez.

Abal Medina e Scoccimarro não são os primeiros altos funcionários do governo argentino a pisar nos tribunais neste mês, já que no dia 7 também passou por lá o vice-presidente Amado Boudou, que se apresentou voluntariamente perante a Justiça para defender sua inocência em um caso de suposta corrupção quando foi ministro da Economia. EFE

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