Kremlin esclarece que Putin não prometeu libertação de pilota ucraniana

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2015 10h29
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Moscou, 13 fev (EFE).- O Kremlin esclareceu nesta sexta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não prometeu libertar a pilota ucraniana Nadezhda Savchenko, atualmente na prisão na Rússia, e cuja libertação foi reclamada pelos líderes da Ucrânia, Alemanha e França na cúpula de Minsk.

“Efetivamente, a parte ucraniana colocou o caso de Savchenko na cúpula. A parte russa não pôde dar nenhum tipo de garantias nesse sentido. Nadezhda Savchenko se encontra sob processo e sua culpabilidade ou inocência será decidida nos tribunais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência “Interfax”.

Ontem, ao término da cúpula de Minsk, na qual foi acordado um plano de paz para o leste da Ucrânia, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que na reunião tinha informado que a pilota “em breve” recuperaria a liberdade.

O líder ucraniano acrescentou que sua reivindicação para pôr em liberdade Savchenko foi respaldada pelo presidente da França, François Hollande, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, fato que hoje foi confirmado por Peskov.

“Assim (Hollande e Merkel) se pronunciaram na reunião de Minsk a favor da libertação de Savchenko”, disse o porta-voz, que acrescentou que aos dois líderes foram oferecidos os “correspondentes esclarecimentos”.

Savchenko é acusada por Moscou de cooperação no assassinato de dois jornalistas russos, mortos em um bombardeio no leste da Ucrânia.

Há poucos dias, seu advogado informou que Savchenko, de 33 anos, estava há mais um mês em greve de fome.

A justiça russa diz que a pilota comunicou o Exército ucraniano sobre a posição dos jornalistas, que foram abatidos pelo impacto de uma mina de morteiro.

Nas eleições de outubro de 2014, já estando em prisão na Rússia, foi eleita deputada da Rada Suprema (parlamento) pelo partido Batkivschina (Pátria), da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

Segundo Moscou, Savchenko foi detida na fronteira russo-ucraniana em julho do ano passado quando tratava de atravessar para a Rússia desde território ucraniano como refugiada.

O governo de Kiev, por sua vez, assegura que a pilota era prisioneira dos milicianos pró-Rússia em território ucraniano e que depois foi transferida ilegalmente à Rússia. EFE

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