Londres nega interferência política na detenção de presidente do Sinn Fein

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58

Londres, 1 mai (EFE).- O governo do Reino Unido negou nesta quinta-feira qualquer interferência política na detenção do presidente do Sinn Fein, Gerry Adams, e garantiu que a prisão é fruto de uma investigação independente sobre o assassinato de uma mulher atribuído ao IRA.

Adams, de 65 anos, foi detido ontem à noite no condado de Antrim, no norte da Irlanda do Norte, por suposto envolvimento na morte da católica Jean McConville, em 1972, pelo inativo Exército Republicano Irlandês (IRA).

“Esse é totalmente, e com razão, um assunto independente, da polícia “, disse hoje um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, após o Sinn Fein relacionar a detenção a motivos políticos, pois neste mês serão realizadas as eleições europeias.

O porta-voz oficial britânico considerou que é “bem conhecido” que houve uma investigação sobre este caso, mas não quis comentar se o primeiro-ministro foi informado com antecipação que Adams seria detido.

O político republicano Alex Maskey, membro do Sinn Fein, condenou hoje o momento da detenção pois ter ocorrido três semanas antes das eleições europeias.

De acordo com a polícia da Irlanda do Norte (PSNI), Adams se apresentou ontem à noite em uma delegacia de Antrim, onde depois foi detido pelo caso de McConville, que tinha 37 anos quando foi sequestrada em Belfast e depois assassinada.

O presidente do Sinn Fein afirmou que era inocente em relação ao “sequestro, assassinato e enterro de McConville”.

McConville foi uma das 17 pessoas -16 homens e uma mulher- que o IRA sequestrou, assassinou e enterrou em lugares secretos por colaborar supostamente com as forças da ordem durante o conflito norte-irlandês. EFE

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