Malásia lembra hoje as vítimas do voo MH370 sem atos oficiais

  • Por Agencia EFE
  • 07/03/2015 22h13

Kuala Lumpur, 8 mar (EFE).- A Malásia lembrou neste domingo (data local) um ano do desaparecimento do voo MH370 sem atos oficiais em memória das 239 pessoas que estavam a bordo do Boeing 777 da Malaysia Airlines, mas com eventos privados.

A companhia aérea malaia deve homenageará com um ato privado seus 12 tripulantes que estavam a bordo do avião, que desapareceu após se desviar de sua rota Kuala Lumpur – Pequim 40 minutos após a decolagem.

O governo malaio decidiu não realizar nenhuma cerimônia oficial para marcar o aniversário, por isso alguns familiares decidiram organizar seu próprio evento nesta tarde em Kuala Lumpur.

A equipe malaia que faz parte da investigação internacional sobre o acidente deve emitir hoje um comunicado.

“Sempre em nossos corações”, estampou na primeira página o jornal “Star”, um dos principais do país em inglês.

Em vários artigos, parentes dos passageiros expressaram a dor que ainda sentem pela perda e pela incerteza diante da falta de respostas ou provas sobre o desaparecimento, declarado um acidente pelas autoridades em janeiro.

“Um ano depois, o MH370 ainda é um mistério, os erros ficaram sem punição”, publicou o site “Malaysia Insider”.

O artigo criticou a falta de coordenação entre os radares militares e o governo malaio, o que permitiu quer o avião se desviasse de sua rota sem provocar o alarme e depois a perda de dias antes do efetivo início das buscas no Oceano Índico, onde se acredita que tenha caído.

Desde os primeiros dias do acidente os familiares tiveram enfrentamentos com a companhia aérea porque não se consideravam informados cabalmente das investigações.

As famílias exigem também respostas, mas os especialistas coincidem em sua maioria que primeiro é preciso encontrar destroços ou provas para poder esclarecer o que aconteceu, o que será muito difícil caso as caixas-pretas não sejam encontradas.

O Boeing 777 de Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março de 2014 após mudar de rumo em uma “ação deliberada”, segundo os especialistas, 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim e de alguém apagar os sistemas de comunicação.

No entanto, o satélite Immarsat continuou a receber sinais, sem informação sobre sua localização, mas que foram analisadas pelos analistas, que concluíram que voou durante pelo menos seis horas até ficar sem combustível sobre o Índico.

As operações de busca, dirigidas por Austrália, Malásia e China, estão concentradas em uma área de 60 mil quilômetros quadrados a cerca de 1.800 quilômetros ao oeste da cidade australiana de Perth.EFE

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