Mulheres marcham pela Avenida Paulista para cobrar direitos no 8 de março

  • Por Agencia Brasil
  • 08/03/2015 13h59
Thiago Navarro/ Jovem Pan Mulheres fazem passeata na Paulista no Dia Internacional das Mulheres

A chuva que atingiu a região central da cidade de São Paulo não foi suficiente para impedir a caminhada das mulheres por direitos iguais entre os gêneros, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O grupo se concentrou, às 10h, em frente ao prédio da Gazeta, e seguiu pela Rua Augusta em direção ao centro da capital. A Polícia Militar estima que 2 mil pessoas participam do ato.

A coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Nalu Faria, disse que alguns temas persistem na luta das mulheres. “Permanece o tema [da descriminalização] do aborto e a questão da violência, não só a doméstica, mas, também, a denúncia das práticas patriarcais que permeiam o cotidiano das mulheres”. Entre essas situações, ela lembrou as denúncias recentes de estupro na Universidade de São Paulo (USP).

Amelinha Teles, da União de Mulheres de São Paulo, participa do ato com o grupo do Projeto Promotoras Legais Populares. Com faixas vermelhas nos olhos, elas destacam que o Judiciário precisa estar de olhos abertos para corrigir injustiças da sociedade. “Defendemos o acesso aos direitos”, disse Amelinha. Ela ressaltou, também, a questão da água “Neste ano, definimos como foco o direito à água, que é fundamental para toda a humanidade”.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) esteve presente na marcha e disse à Jovem Pan que esse é “um dia de luta e de luto”. Relembrando manifestação de operárias novaiorquinas no começo do século XX, Valente disse que “de lá para cá as mulheres tiveram conquistas, mas demorou muito”. “A opressão de gênero é generalizada em termos familiar, em termos de salários, de oportunidades e ainda uma cultura machista de violência contra a mulher, de modo que nós estamos aqui para dar solidariedade e apoiar a luta feminina”, disse. Ele afirmou que seu partido, o PSOL, apóia projetos contra o assédio moral, assédio sexual e a favor igualdade de salários. Mas não disse ter nenhum projeto de própria autoria.

Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil // Edição: Aécio Amado – Com informações da Jovem Pan

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