Bombardeio deixa ao menos 50 mortos e 100 feridos em estação de trem da cidade ucraniana de Kramatorsk

Rússia nega responsabilidade pelo ataque e diz ser mais uma ‘provocação’ de Kiev contra ela

  • Por Jovem Pan
  • 08/04/2022 07h18 - Atualizado em 08/04/2022 11h45
FADEL SENNA / AFP policial ucraniano se curva sobre corpos deitados no chão e cobertos com lona depois que um ataque com foguete em estação de trem em Kramatorsk Kharkiv, no extremo leste da Ucrânia, é a segunda maior cidade do país e uma das mais próximas da Rússia; os ataques a ela são dos mais frequentes na região

Pelo menos 50 pessoas morreram, incluindo 4 crianças, e outras 100 ficaram feridas em um bombardeio contra a estação de trem de Kramatorsk, cidade do leste da Ucrânia, onde centenas de pessoas aguardavam o transporte para deixar a região nesta sexta-feira, 8. “Cinquenta mortos, entre eles cinco crianças. É o número atual de mortos pelo bombardeio realizado pelas tropas de ocupação russas”, escreveu o governador da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, Pavlo Kyrylenko. Mais cedo, o chefe da empresa ferroviária ucraniana Ukrzaliznytsia, Oleksander Kamyshin, também já havia confirmado o ataque e as mortes. A Polícia Nacional da Ucrânia informou que um míssel atingiu uma sala de espera temporária, onde havia centenas de pessoas aguardando o trem de evacuação.

Em comunicado, o exército da Rússia negou ter atacado a estação de trem ucraniana e afirmou que se tratava de uma “provocação” de Kiev contra o Kremlin, para criar uma narrativa internacional contra o país. Também nesta semana, a Rússia negou outras situações de guerra com a mesma justificativa, após os ucranianos denunciarem massacres, crimes de guerra e genocídio na cidade de Bucha, próxima à capital Kiev. As autoridades da Ucrânia, o serviço de inteligência do Reino Unido e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) preveem há dias que as tropas de Vladimir Putin devem intensificar os ataques no leste ucraniano, após sua retirada da região da capital Kiev e reagrupamento. Nesta quinta-feira, 7, líderes da Ucrânia, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, afirmaram esperar situações mais catastróficas que as encontradas na cidade de Bucha neste semana, pela qual a Rússia vem sendo acusada de crimes de guerra e genocídio.

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