Em discurso da vitória, Macron promete França ecológica e faz aceno para a esquerda e a direita

Aos pés da Torre Eiffel, centrista reeleito disse que será o ‘presidente de todos’; derrotada, Le Pen comemorou resultado expressivo da extrema direita nas urnas

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2022 17h42 - Atualizado em 24/04/2022 17h52
Bertrand GuaP/AFO Com milhares de apoiadores ao redor, Emmanuel Macron faz discurso ao pé da Torre Eiffel Apoiadores de Emmanuel Macron assistem ao discurso do presidente reeleito ao pé da Torre Eiffel

O presidente francês Emmanuel Macron prometeu neste domingo (24) que responderá ao descontentamento dos eleitores de extrema direita na França, após sua reeleição com cerca de 58% dos votos contra a ultradireitista Marine Le Pen.  “De agora em diante, não sou mais o candidato de um campo, mas, sim, o presidente de todos”, acrescentou Macron durante seu discurso de vitória aos pés da Torre Eiffel, em Paris, onde também prometeu um “método renovado” para dirigir o país após um primeiro mandato marcado por protestos e prometeu fazer da França uma “nação ecológica”. “Serei exigente e ambicioso, temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia está aí para lembrar que a França deve levar sua voz e a clareza de suas escolhas e reconstruir sua força em todos os domínios, e nós faremos isso.”

Apesar do discurso conciliatório, o centrista reconheceu que não teria vencido sem o apoio da esquerda, que escolheu Macron para impedir a chegada da extrema direita ao poder. “Sei que muitos de nossos compatriotas votaram em mim hoje não para apoiar as ideias que tenho, mas para bloquear a extrema direita”, admitiu. “Quero dizer a eles que estou ciente de que esse voto me prende nos próximos anos. “Sou o guardião do sentido de dever, do apego à República e do respeito pelas diferenças que se manifestaram nas últimas semanas.”

Le Pen se mostrou animada com o resultado, apesar da derrota para Macron. “O resultado por si só representa uma brilhante vitória”, declarou Le Pen, depois de conhecidas as primeiras estimativas, segundo as quais obteve entre 41,8% e 42,4% dos votos, o melhor desempenho da extrema-direita em uma eleição presidencial no país. “Vou seguir meu compromisso com a França e os franceses. Vou lutar esta batalha”, acrescentou. derrotada

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