Jovens e idosos realizam duas manifestações não autorizadas em Hong Kong

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2019 13h09
EFE Esse é o 18º fim de semana consecutivo de protestos

Milhares de jovens manifestantes e um grupo de idosos realizam, neste sábado (12), dois protestos não autorizados pela polícia nas ruas de Hong Kong. Os atos foram organizados poucas horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar diante do vice-primeiro-ministro chinês Liu He que os protestos “tinham diminuído”.

Esse já é o 18º fim de semana consecutivo de atos contra o governo na cidade. Enquanto os jovens se concentraram na região turística de Tsim Sha Tsui, os idosos realizaram um protesto do outro lado do porto, contra a violência policial para reprimir manifestantes nos últimos quatro meses.

Os protestos deste sábado acontecem uma semana depois de violentos confrontos entre policiais e manifestantes que se opõem à entrada em vigor de uma lei que os proíbe de usar máscaras.

No protesto de hoje, há muitos jovens mascarados. Embora muitos manifestantes não se sintam intimidados pela lei (que pode acarretar até um ano de prisão e uma multa de até 25 mil dólares de Hong Kong, o equivalente a R$ 13,1 mil), há uma preocupação generalizada de que a invocação dela abra um perigoso precedente.

Os idosos também se arriscaram a serem presos, já que as penas por “reunião ilegal” podem chegar a cinco anos de detenção. “Se tenho medo da polícia? Não sei nem como se soletra medo”, disse Benedict Ng, um taxista aposentado, de 82 anos.

“A polícia de Hong Kong deixou de ser uma força de manutenção da ordem pública para se tornar um instrumento político. A forma como trata os jovens manifestantes não faz sentido. Temos que condenar a brutalidade policial”, acrescentou.

Entenda

Os protestos acontecem há quase quatro meses e tiveram início em junho após a chefe de governo da cidade, Carrie Lam, propor uma lei de extradição. Agora, com a lei cancelada, as manifestações sofreram mutações e se tornaram um movimento que busca melhorar os mecanismos democráticos que a regem e uma oposição ao autoritarismo de Pequim.

*Com informações da Agência EFE

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