Justiça dos EUA condena ‘Xamã do QAnon’ a 3 anos e 4 meses de prisão por invasão ao Capitólio

Decisão aplica maior sentença aos envolvidos no crime de 6 de janeiro até o momento; cinco pessoas morreram durante o ato, considerado como ‘terrorismo doméstico’ no país

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2021 17h19
EFE/EPA/JIM LO SCALZO homem com fantasia de chifres invadindo o capitólio dos eua Jacob Anthony Angeli Chansley foi condenado à prisão nesta quarta-feira

A Justiça dos Estados Unidos aplicou nesta quarta-feira, 17, uma sentença de 41 meses de prisão a Jacob Chansley, que se autointitula “Xamã da QAnon” e foi um dos principais rostos da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos cometida em 6 de janeiro de 2021. Esta é a maior sentença aplicada a um participante da invasão, que deixou cinco pessoas mortas, até o momento. “O acusado está entre os primeiros 30 manifestantes que entraram no prédio do capitólio. Depois disso, ele incitou outros membros da manifestação com gritos obscenos sobre os legisladores da nossa nação”, afirmou o grupo de promotores, que pediu uma sentença de 51 meses ao juiz Royce Lamberth. Por se assumir culpado diante do júri, Chansley, que podia ser condenado a até 20 anos de prisão, conseguiu uma diminuição na condenação.

Ao falar à Corte, o homem de 34 anos disse que era “um homem bom que quebrou a lei” e implorou ao juiz que ele “julgasse a árvore pelas suas raízes”, negando ser um criminoso violento. “Eu errei em entrar no Capitólio e não tenho desculpas para isso. Se eu pudesse, faria tudo diferente. Tentaria do fundo do meu coração e da minha alma parar as pessoas”, afirmou, negando ser um “terrorista doméstico”. O discurso feito pelo acusado durante sua fala também foi repleto de falas desconexas, que citaram Jesus Cristo e tiveram referências a uma publicação de Stephen King. Chansley foi considerado uma “figura chave” no ataque por sua retórica antes e depois da invasão. A defesa dele alegou que o homem sofre de “significantes vulnerabilidades de saúde mental”, disse que o homem era uma pessoa “gentil, inteligente, espiritual e não-violenta” que não queria ser vista como um prisioneiro político e pediu que o pedido inicial de sentença fosse diminuído.

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