Maduro afirma que perdoa presos libertados nos últimos dias na Venezuela

  • Por Agência EFE
  • 04/06/2018 21h31
EFE/Cristian Hernández De acordo com Maduro, as 80 libertações que foram concedidas nos últimos dias "marcham em uma direção justa"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (4) que concedia seu perdão aos considerados presos políticos do país, alguns dos quais foram libertados nos últimos dias dentro de um processo de reconciliação anunciado pelo Executivo.

“Eu os perdoo. Acredito que o perdão é necessário para avançar em um estado superior do espírito nacional”, disse o presidente durante uma reunião com as autoridades do governante Partido Socialista Unido (PSUV) em Caracas.

De acordo com Maduro, as 80 libertações que foram concedidas nos últimos dias “marcham em uma direção justa”, razão pela qual pediu “a compressão e o apoio de todo o país”.

Nesse sentindo, negou que se trate de presos políticos, mas de “medidas de benefício e liberdade para os atores políticos envolvidos na violência” e em incidentes que, segundo garantiu, buscavam derrubar a revolução bolivariana.

“Ao meu oponente, ao mais violento de todos, ao que saiu para jogar pedras, ao que saiu com um fuzil, ao que convocou para derrubar o governo uma e mil vezes (…) e não conseguiu, porque aqui estou como presidente, e como presidente lhe digo que viva a política, viva a paz”, destacou.

O chefe de Estado afirmou também que 80% da população respalda o diálogo, a pacificação, a reconciliação e a reunificação e, por isso, seu governo está apostando neste sentido.

Mas ressaltou que, “se reincidirem na violência, voltam à prisão, outra vez a justiça seria aplicada”.

Das quase 100 libertações anunciadas até agora pelo Executivo apenas 39 correspondem a “presos políticos” segundo o Fórum Penal, a organização que lidera a defesa dos quase 400 casos deste tipo no país.

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