OMS diz que Ômicron é ‘muito transmissível’, mas não registrou mortes por nova cepa até o momento
Porta-voz e cientista-chefe do órgão falaram sobre o que se sabe até agora sobre a nova variante do coronavírus, descoberta há pouco mais de uma semana
O porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Christian Lindmeier, afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 3, que o órgão não foi notificado até o momento sobre qualquer morte em pacientes com a variante Ômicron do coronavírus. Ele apontou, porém, que diante dos monitoramentos realizados por outros países uma semana após a divulgação da descoberta da nova cepa, é possível que mais casos sejam descobertos em breve, o que pode mudar o cenário mundial. “Teremos mais casos, mais informações e, tomara que não, possivelmente mortes”, analisou. A teoria de que os números podem aumentar foi reforçada pela cientista-chefe do órgão, Soumya Swaminathan, em outra conversa com jornalistas realizada nesta sexta-feira.
Ela reconheceu que a Ômicron é “muito transmissível”, aparentemente causando três vezes mais infecções do que anteriormente na África do Sul, local no qual a cepa foi descoberta, mas apontou que há indícios de que a vacina aplicada mundialmente ainda esteja provendo alguma proteção, o que precisa ser analisado mais profundamente. Swaminathan afirmou, ainda, que o mundo está mais preparado para lidar com a nova cepa, já que desenvolve vacinas desde o começo da pandemia. “Precisamos estar cautelosos, não entrar em pânico”, disse. A cientista também lembrou que outras variantes ainda são dominantes. “A Delta ainda é responsável por 99% das infecções no mundo. Esta variante precisará ser mais transmissível para competir com ela e se tornar dominante. É possível, mas não há como prever isso agora”, declarou.
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