Paris investiga terrorismo em atropelamento que deixou seis militares feridos

  • Por Jovem Pan com agência EFE
  • 09/08/2017 08h13 - Atualizado em 09/08/2017 09h27
EFE/CHRISTOPHE PETIT TESSON Militares delimitam perímetro de segurança onde veículo atropelou oficiais de patrulha antiterrorista em Levallois Perret, na cercania de Paris

A seção antiterrorista da Procuradoria de Paris abriu nesta quarta-feira (9) uma investigação após o atropelamento de um grupo de militares em Levallois Perret, nos arredores de Paris, em que seis deles ficaram feridos.

Um veículo atropelou um grupo de militares por volta das 8h locais (3h de Brasília), quando os soldados saíam de um quartel, mas depois fugiu em alta velocidade. A polícia francesa mobilizou um enorme dispositivo para encontrar o suspeito.

Trata-se de um BMW de cor preta com um único ocupante em seu interior, diz a investigação. A busca tem como base as imagens captadas por numerosas câmeras de vigilância presentes na localidade de Levallois Perret, um município a oeste da capital francesa.

O presidente Emmanuel Macron está acompanhando a situação do Palácio do Eliseu, onde acontece o reunião semanal de ministros.

O incidente aconteceu por volta das 8h da manhã (3h de Brasília), pouco antes do início do habitual Conselho de Defesa na sede da presidência, que reúne o chefe do Estado, o primeiro-ministro e um grupo restrito de ministros, onde abordaram a situação, indicou o Palácio do Eliseu.

Não está descartada uma visita de Macron ao longo do dia ao hospital onde estão internados os militares feridos. Dois deles, cujo estado de saúde é mais delicado, estão no centro militar de Percy, na localidade vizinha de Clamart.

O prefeito da localidade, o conservador Patrick Balkany, assegurou que se trata de um ato deliberado do motorista. Se for confirmado o caráter voluntário da ação, este terá sido o quinto ataque contra o chamado dispositivo “Sentinelle”, composto por cerca de 10 mil militares espalhados por todo o país para garantir a segurança contra ações terroristas após os atentados de 2015.

Desde aquele ano, a França está em estado de emergência, embora o atual presidente Emmanuel Macron já tenha anunciado a intenção de retirar o status do país europeu, alvo frequente de ataques por meio de atropelamentos, lembra o correspondente Jovem Pan em Londres, Ulisses Neto:

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