Ucrânia busca ‘resposta global dura’ após ataque que deixou ao menos 52 mortos em estação de trem

Presidente Volodymyr Zelensky subiu o tom ao falar do bombardeio à cidade de Kramatorsk na última sexta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2022 07h54
RONALDO SCHEMIDT / AFP Volodymyr Zelensky O presidente Volodymyr Zelensky visitou cidade localizada ao norte de Kiev nesta segunda-feira, 4

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que quer uma resposta global dura depois que um míssil atingiu uma estação de trem lotada de civis que tentavam escapar de uma iminente ofensiva russa, matando pelo menos 52 pessoas, na cidade de Kramatorsk, no leste do país. O presidente chegou a classificar o ataque como mais um grime de guerra da Rússia. Entre os mortos estão cinco crianças, além de dezenas de pessoas que ficaram gravemente feridas, segundo as autoridades ucranianas. “Todos os esforços mundiais serão direcionados para estabelecer a cada minuto quem fez o quê, quem deu quais ordens, de onde veio o míssil, quem o transportou, quem deu o comando e como esse ataque foi acordado”, disse o Zelensky.

Em comunicado, o exército da Rússia negou ter atacado a estação de trem ucraniana e afirmou que se tratava de uma “provocação” de Kiev contra o Kremlin, para criar uma narrativa internacional contra o país. Também nesta semana, a Rússia negou outras situações de guerra com a mesma justificativa, após os ucranianos denunciarem massacres, crimes de guerra e genocídio na cidade de Bucha, próxima à capital Kiev. As autoridades da Ucrânia, o serviço de inteligência do Reino Unido e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) preveem há dias que as tropas de Vladimir Putin devem intensificar os ataques no leste ucraniano, após sua retirada da região da capital Kiev e reagrupamento. Nesta quinta-feira, 7, líderes da Ucrânia, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, afirmaram esperar situações mais catastróficas que as encontradas na cidade de Bucha neste semana, pela qual a Rússia vem sendo acusada de crimes de guerra e genocídio.

*Com informações da AP News.

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