Obama telefona para Netanyahu para parabeniza-lo por vitória em eleição
Washington, 19 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta quinta-feira para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para parabenizá-lo por sua vitória nas eleições de terça-feira, uma atitude significativa por conta das tensões existentes entre ambos os líderes.
“O presidente ressaltou a importância que os Estados Unidos têm na cooperação militar, em matéria de inteligência e segurança com Israel, o que reflete a profunda e permanente parceria entre os países”, explicou a Casa Branca em comunicado.
As relações entre Estados Unidos e Israel ficaram abalada devido as negociações do governo americano com o do Irã para chegar a um acordo sobre seu programa nuclear, algo que o primeiro-ministro de Israel rejeita, assim como pelas posturas em transformação de Netanyahu sobre a resolução do conflito do Oriente Médio mediante a criação de dois Estados, um israelense e outro palestino.
“O presidente e o primeiro-ministro acertaram continuar as consultas sobre uma série de questões regionais, entre elas o difícil caminho a seguir para resolver o conflito palestino-israelense. Ele reiterou a Netanyahu o compromisso de longa data dos Estados Unidos a uma solução de dois Estados, que se traduza em uma Israel segura junto a uma Palestina soberana e viável”, ressaltou o texto da Casa Branca.
Sobre o Irã, o líder americano voltou a dizer ao israelense que os Estados Unidos procuram alcançar “um acordo global com o Irã” que impeça que Teerã adquira uma arma nuclear e que, ao mesmo tempo, “a natureza exclusivamente pacífica de seu programa” possa ser verificada de forma segura pela comunidade internacional.
Em entrevista hoje à emissora “NBC”, Netanyahu defendeu que Israel “não tem maior aliado” do que Washington.
Os Estados Unidos manifestaram preocupação com as afirmações prévias a sua vitória, nas quais o líder israelense lembrou que não permitiria a criação de um Estado palestino, quando as enquetes não eram muito favoráveis a sua batalha eleitoral.
No entanto, na entrevista à “NBC” ele mudou de opinião.
“Não mudei minha política. Não quero uma solução de um só Estado. Quero uma solução sustentável e pacífica de dois Estados”. EFE
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