Opositores se reúnem em Caracas para pedir libertação de Ledezma

  • Por Agencia EFE
  • 20/02/2015 19h31
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Caracas, 20 fev (EFE).- Centenas de venezuelanos e um grupo de dirigentes opositores se reuniram nesta sexta-feira para pedir a libertação do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, detido acusado de ter vínculos com uma conspiração para “organizar e executar” atos violentos contra o governo de Nicolás Maduro.

Na atividade, que foi convocada pela ex-deputada María Corina Machado e o partido de Ledezma, Aliança ao Bravo Povo (ABP) e a qual se somaram outros partidos políticos, os opositores reivindicaram a libertação de Ledezma e dos demais opositores presos.

“Firmeza companheiro, toda Venezuela te acompanha nesta hora, e lutaremos até te libertar muito em breve”, disse Machado, que advertiu, se dirigindo à comunidade internacional, que os “golpistas da Venezuela estão no poder”.

Machado pediu hoje que, diante do “brutal ataque” à democracia que a detenção de Ledezma representou, seja convocada “com caráter de emergência” os chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Também participaram do ato a esposa de Ledezma, Mitzy Capriles, que responsabilizou Maduro e seu governo por qualquer coisa que possa vir a acontecer com ele, preso na sede do Serviço de Inteligência Venezuelano (Sebin).

“Quando ver seu rosto no espelho, que imagino são muitos, veja os rostos de Leopoldo (López), Antonio e todos os estudantes presos”, disse Mitzy Capriles ao presidente venezuelano.

A esposa do opositor Leopoldo López, Lilian Tintori, que também participou da manifestação, convocou os venezuelanos a participarem hoje de um panelaço às 20h (22h30 em Brasília) para reivindicar a libertação dos detidos.

“Esta será uma forma de pedir liberdade, uma mensagem ao mundo e ao ditador”, disse Tintori.

O prefeito de Caracas foi detido ontem por funcionários do Sebin e foi acusado hoje pela promotoria venezuelana de estar vinculado aos atos de conspiração para organizar e executar atos violentos contra o governo da Venezuela.

Semana passada o prefeito do município Libertador de Caracas, o chavista Jorge Rodríguez, acusou Ledezma e o deputado opositor Julio Borges de serem os autores intelectuais da tentativa de golpe de Estado desarticulado, segundo anúncio do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, um dia antes de acontecer, em 12 de fevereiro. EFE

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