Pesquisas apontam votação apertada em eleições gerais no Reino Unido
Londres, 6 mai (EFE).- Na véspera das eleições gerais no Reino Unido, que serão realizadas na quinta-feira, a previsão é de uma votação apertada após as pesquisas de intenção de voto apontarem um possível empate entre os dois principais partidos.
A votação começará às 7h locais (3h em Brasília) e as urnas serão fechadas às 22h (18h em Brasília). Ao fim da votação, será iniciado o complexo sistema de apuração nas 650 circunscrições eleitorais (o mesmo número de deputados no parlamento), cujo resultado deverá sair até a madrugada de sexta-feira.
A complexidade do sistema eleitoral britânico estabelece que um candidato precisa conseguir a maioria simples em seu distrito para ser eleito membro do parlamento. Esse método favoreceu tradicionalmente os dois grandes partidos, pois os menores não tinham capacidade para apresentar candidatos para cada uma das 650 circunscrições.
As eleições gerais são as únicas realizadas ao mesmo tempo no Reino Unido. Quando ocorre uma baixa no parlamento por quaisquer motivos, é realizada uma votação restringida para cobrir a vaga específica já que os deputados representam e são responsáveis pelos eleitores de sua circunscrição e não podem ser substituídos por outro membro do partido sem apuração prévia das urnas.
Podem votar todos os britânicos maiores de 18 anos que estejam tanto dentro como fora do território do Reino Unido, mas nem sempre foi assim. Os cidadãos residentes no exterior só adquiriram esse direito em 1985.
O Ministério do Interior, que organiza o pleito, não divulga o censo dos cidadãos com direito a voto até serem realizadas as eleições, mas o número atual gira em torno de 45 milhões de pessoas.
As últimas pesquisas sobre intenções de voto, divulgadas nesta quarta-feira, mantêm o empate entre os dois principais partidos do Reino Unido, o Conservador do primeiro-ministro David Cameron e o Trabalhista, liderado por Ed Miliband.
A pesquisa realizada pela emrpesa YouGov para o jornal “The Sun” coloca as duas formações com 34% de apoio, enquanto o eurofóbico Partido da Independência do Reino Unido (UKIP) fica em terceiro lugar, com 12%, e os liberais-democratas com 9%.
Uma pesquisa feita pela ComRes para a emissora “ITV” e o jornal “Daily Mail” aponta uma ligeira vantagem aos conservadores, com 35% de respaldo, seguido pelo Trabalhista de Ed Miliband, com 32% de apoio. O UKIP aparece com 14% e os liberais-democratas com 9%.
A empresa Survation apresenta porcentagens muito similares em sua pesquisa para o jornal “The Mirror”, que situa os trabalhistas no topo com 34% e os conservadores com 33%, seguidos pelo UKIP com 16% e pelos liberais-democratas com 9%.
Quando foi dissolvido o parlamento, no dia 30 de março, para dar passagem ao processo eleitoral, os Conservadores tinham 302 deputados, seguidos pelos Trabalhistas, com 260.
Cameron governou com o apoio em coalizão dos liberais-democratas, liderados por Nick Clegg, que tinham 56 cadeiras, enquanto o Partido Unionista Democrático contava com 8 deputados e o Partido Nacionalista Escocês (SNP) tinha 6 assentos. EFE
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