Peta denuncia morte de milhares de cachorros pela indústria de peles chinesa

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 12h07
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Pequim, 18 dez (EFE).- Milhares de cachorros são sacrificados na China para confeccionar com sua pele luvas, sapatos e outros produtos de peleteria, e alguns deles são exportados para todo o mundo, denunciou nesta quinta-feira a organização ambientalista Peta (sigla em inglês para Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais).

Em um relatório que inclui fotos e vídeos feitos clandestinamente no interior de fábricas chinesas do setor de peles, a Peta revela que alguns matadouros chegam a sacrificar cem ou 200 cachorros por dia para confeccionar com eles couro para acessórios de pele, tais como cintos, bonecos e inclusive jaquetas.

“Grande parte do couro do mundo provém da China, onde não há leis que punam o abuso contra animais sacrificados por causa de sua pele”, adverte a organização, que afirma que após seu estudo “as pessoas devem pensar duas vezes antes de voltar a comprar algo com couro”.

O estudo, que durou um ano, foi feito através de visitas a três matadouros e seis fábricas da China, que segundo a Peta produzem também objetos que depois são exportados para outros mercados, embora o relatório não dar nomes concretos.

O couro obtido dos cachorros é mais grosso e de pior qualidade que o procedente do gado bovino e ovino, por isso que costuma ser vendido mais barato.

Nos últimos anos, na China cresceu a conscientização contra os maus-tratos aos animais, com especial sensibilidade em relação aos cachorros, que também são algumas vezes consumidos em restaurantes, embora muitos deles fiquem em regiões isoladas do país, como o sul ou áreas habitadas pela etnia coreana.

Neste processo de conscientização aconteceram “libertações” de centenas de cachorros que eram levados a matadouros para usar sua carne ou sua pele, e também houve muitas vozes que pediram o fechamento do famoso Festival de Carne de Cachorro de Yulin, no sul do país. EFE

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