Após ação apresentada ao STF, Bolsonaro e Moraes se cumprimentam em solenidade do TST

Gesto ocorre um dia após o Dias Toffoli, do STF, rejeitar notícia-crime apresentada pelo presidente contra o ministro por ‘abuso de autoridade’

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2022 18h52 - Atualizado em 20/05/2022 11h23
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 19/05/2022 O presidente da república, Jair Bolsonaro, cumprimenta o ministro do Superior Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse dos novos ministro do Tribunal Superior do Trabalho nesta quinta-feira, 19 de maio. Jair Bolsonaro se dirigiu até Alexandre de Moraes e cumprimentou o ministro durante sessão solene do TST

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) se cumprimentaram nesta quinta-feira, 19, durante  sessão solene do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O gesto aconteceu após o presidente do TST, Emmanoel Pereira, convocar o chefe do Executivo para condecorar os magistrados que tomavam posse. Moraes estava sentado em uma cadeira na primeira fileira, assistindo a solenidade, quando o Bolsonaro veio em sua direção e sinalizou para que ele levantasse. Os dois se cumprimentaram e voltaram aos seus lugares. Em outro momento da sessão, no entanto, quando a cerimonialista anunciou a presença do ministro do STF,  que foi efusivamente aplaudido, Bolsonaro se manteve impassível e não saudou Moraes.

O encontro entre os dois ocorre um dia após Dias Toffoli rejeitar o pedido de abertura de inquérito apresentado pelo presidente contra Moraes por abuso de autoridade. Na notícia-crime apresentada na última segunda-feira, 16, o advogado Eduardo Reis Magalhães alega que a inclusão de Bolsonaro no inquérito das Fake News, relatado por Moraes. se deu sem que houvesse qualquer indício de crime e sem a análise aprofundada dos fatos. O documento também acusa o ministro de prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse do investigado, de estender injustificadamente a diligência e de negar a defesa o acesso aos autos do inquérito, que corre em segredo de justiça. Os argumentos não foram aceitos por Toffoli, que avaliou que os fatos narrados “evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito”. Depois da negativa, o mandatário do Palácio do Planalto recorreu a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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