Em Porto Alegre, Lula faz aceno a tucanos depois de dizer que PSDB acabou

No mesmo evento, Dilma Rousseff ignorou o apoio de Geraldo Alckmin a seu impeachment e alegou que ambos eram ‘parceiros’ no passado

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2022 20h12
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Lula unindo os dois polegares aos indicadores e falando em um microfone. Usa terno e camisa branca. Atrás, logos do PT Ex-presidente Lula afagou tucanos após dizer que sigla teria acabado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um evento com profissionais da educação em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e se retratou da afirmação feita alegando que o PSDB tinha acabado. No local, o pré-candidato ao Planalto alegou que o país era mais “feliz” quando a polarização ocorria entre petistas e tucanos. “Já disse para o Alckmin: como este país era feliz quando a polarização era entre o PT e o PSDB. A gente era civilizado, a gente ganhava e perdia, a gente voltava para casa (…) A transição que nós fizemos com o Fernando Henrique Cardoso foi a mais civilizada que este país conheceu. Você disputava uma eleição, mas você não estava em guerra. O seu adversário não era seu inimigo”, argumentou. No dia anterior, o petista criticou o PSDB – antigo partido de Alckmin, seu vice na chapa presidencial – e alegou que a sigla havia acabado. “Vocês estão lembrados que uma vez um senador do PFL, o Jorge Bornhausen, disse que era preciso acabar com ‘essa desgraça do PT’. O PFL acabou. E agora quem acabou foi o PSDB”.

Quem também participou do evento foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que no local bradou sua antiga parceira com Geraldo Alckmin ao tecer críticas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Agora, ele culpa os governadores. Naquela época, a gente fazia parcerias, né, governador. Nós tínhamos a capacidade de, independentemente dos partidos políticos que representávamos, colocar toda a função pública, que é servir ao povo do país e o povo dos diferentes Estados da federação”, afirmou Dilma, que não lembrou do apoio de Alckmin ao seu afastamento enquanto ocupava o Palácio do Planalto.

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