Fux defende Moraes e diz que inquérito das fake news revelou planos de atos terroristas contra o STF

Presidente da Corte falou em ‘ataques gratuitos’ e afirmou que o ministro conduz a investigação com ‘extrema seriedade e competência’

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2022 14h02 - Atualizado em 18/05/2022 14h07
Nelson Jr./SCO/STF Ministro Luiz Fux preside sessão plenária do STF Fux saiu em defesa de Moraes após ação de Bolsonaro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes nesta quarta-feira, 18, e afirmou que o inquérito das fake news está em boas mãos. “Moraes tem conduzido os trabalhos com extrema seriedade e competência, que reconheço em público”, elogiou. Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma notícia-crime no Supremo e pediu a abertura de uma investigação contra o ministro por abuso de autoridade na condução do inquérito das fake news. O ministro Dias Toffoli, no entanto, rejeitou a ação nesta quarta. Moraes incluiu Bolsonaro como investigado em agosto de 2021, após uma live em que fez ataques às urnas eletrônicas e divulgou “indícios” de supostas fraudes nas eleições – nada foi provado. Fux discursou no lançamento do Programa de Combate à Desinformação, lançado pelo TSE e STF, e disse que o inquérito revelou planos de atos terroristas.

“Muitos talvez não saibam, mas é importante que se tenha a exata noção de como esse trabalho do inquérito é importante para o STF, o qual revelou notícias de atos preparatórios de terrorismo contra o Supremo Tribunal Federal”, afirmou. O presidente do Supremo falou em “ataques gratuitos” ao STF e negou que a Corte interfira politicamente em outros Poderes. “A Justiça em geral, todos os tribunais, são funções que não se exercem sem provocação. O Supremo não sai de sua cadeira para julgar questões políticas, morais, questões públicas. O Supremo, quando provocado, se manifesta. Há uma falsa impressão, uma fake news de que o Supremo invade a esfera dos outros poderes. Muito pelo contrário”, assegurou. “Para nós agirmos, temos que ser provocados. E a judicialização da política nada mais é do que os políticos provocando a judicialização”, acrescentou Fux.

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