Lula defende Petrobras e chama de ‘bando de imbecis’ quem deseja privatizá-la
Segundo o presidente, a estatal não deve ser vista apenas como uma empresa de petróleo, mas como uma entidade com potencial para se tornar a maior produtora de biocombustíveis
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou suas preocupações em relação à privatização da BR Distribuidora e criticou a proposta de privatizar a Petrobras. Segundo ele, a estatal não deve ser vista apenas como uma empresa de petróleo, mas sim como uma entidade com potencial para se tornar a maior produtora de biocombustíveis, incluindo etanol e hidrogênio verde. Lula também levantou questionamentos sobre os resultados das privatizações da Vale e da Eletrobras, indagando sobre os benefícios que essas mudanças trouxeram aos consumidores.
“Quantas vezes já tentaram privatizar a Petrobras? Quantas vezes tentaram mudar de nome a Petrobras? Quantas vezes disseram: ‘temos que vender a Petrobras porque o petróleo vai acabar e vamos ficar com uma empresa que não presta pra nada’? Isso é um bando de imbecil, quem fala isso é um bando de imbecil.” Disse Lula durante a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, e anunciou que a Petrobras recebeu a autorização da ANP para iniciar o processamento de gás natural em campos do pré-sal.
O novo complexo terá a capacidade de escoar até 18 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, com operações programadas para começar na primeira quinzena de outubro. A iniciativa contará com a participação de 600 profissionais. O Complexo de Energias Boaventura, que anteriormente era conhecido como Polo GasLub Itaboraí, foi renomeado em homenagem ao Convento São Boaventura.
As obras do Comperj, que tiveram início em 2008, foram interrompidas em 2015 e se tornaram um dos casos emblemáticos de corrupção associados à Operação Lava-Jato, resultando em perdas estimadas em pelo menos US$ 14 bilhões.
Lula enfatizou a importância de manter a Petrobras como uma empresa estatal, ressaltando seu papel estratégico na matriz energética do Brasil. Ele argumentou que a privatização de empresas essenciais pode comprometer a soberania nacional e a capacidade do país de investir em energias renováveis. O presidente também reiterou seu compromisso com a recuperação e o fortalecimento das estatais, que, segundo ele, são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.