Saiba quem é José Mauro Ferreira Coelho, novo indicado à presidência da Petrobras

Provável substituto de Silva e Luna tem longa experiência no setor de combustíveis, já foi secretário do Ministério de Minas e Energia e publicou mais de 30 artigos sobre o setor de petróleo e gás

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2022 20h01 - Atualizado em 06/04/2022 21h14
Saulo Cruz / Ministério de Minas e Energia José Mauro Ferreira Coelho deixa o Ministério de Minas e Energia José Mauro Ferreira Coelho trabalhou como funcionário público por 14 anos

O governo federal indicou nesta quarta, 6, o engenheiro José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da Petrobras. Ninguém ocupa o cargo desde a exoneração do general Joaquim da Silva e Luna na última semana. Ferreira Coelho tem longa experiência no setor de combustíveis: formado em química industrial, tem especialização em ciência dos materiais, mestrado em engenharia dos materiais e Doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE). Ele já havia trabalhado no setor público, como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia entre abril de 2020 e outubro de 2021, diretor de estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (ligada ao MME), entre outros cargos que ocupou desde 2007 até 2020, e ainda é presidente do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás desde 2020.

Na área acadêmica, o possível novo presidente da estatal foi professor universitário de graduação e pós-graduação entre 1995 e 2007 e tem três livros e mais de 30 artigos publicados sobre o setor de petróleo e gás. Agora, Ferreira Coelho poderá ter o desafio de manter as contas da Petrobras equilibradas enquanto evita um aumento acentuado nos preços dos combustíveis diante de um cenário econômico e internacional desafiador, com a guerra na Ucrânia, o valor do barril de petróleo ainda alto e a inflação preocupante no Brasil. O aumento no preço dos combustíveis levou a um atrito entre Silva e Luna e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que resultou na exoneração do general. Antes de Ferreira Coelho, o governo havia indicado Adriano Pires, mas ele recusou por não poder conciliar a estatal com seu cargo de presidente em uma consultoria do setor de infraestrutura.

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