Servidores públicos farão paralisações em janeiro e debaterão greve em fevereiro

Entidade que congrega categorias prevê três dias de paralisação no primeiro mês de 2022 por reajustes salariais

  • Por Jovem Pan
  • 29/12/2021 16h50
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fachada do palácio do Congresso Nacional Orçamento aprovado no Congresso para 2022 não prevê reajustes salariais para funcionários públicos

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne 37 entidades associativas e sindicais e representa mais de 200 mil servidores públicos, aprovou nesta quarta, 29, um calendário de mobilização para pressionar por reajustes salariais às categorias. A previsão é de que duas paralisações sejam realizadas em janeiro: a primeira no dia 18 de janeiro e a outra nos dias 25 e 26. Nas primeiras semanas de fevereiro, a entidade deseja realizar novas assembleias para deliberar sobre a possibilidade de uma greve geral dos funcionários públicos. No início de janeiro, a Fonacate prevê a promoção de entregas de cargos em comissão, nos órgãos de atuação, ‘e manifestações diversas do funcionalismo’, como assembleias de cada categoria e ‘demonstrar que as tentativas de negociação foram frustradas’.

Em comunicado, o Fonacate justificou a mobilização pela remuneração congelada dos servidores desde 2017, enquanto a inflação aumentou no período. “Diante da ausência de política remuneratória do governo federal, no momento em que a maioria dos servidores federais está com remuneração congelada desde 2017, acumulando, desde então, perdas inflacionárias medidas pelo IPCA de 27,2%, perdas essas que chegarão a 26,3% (IPCA acumulado + projeção Focus/Banco Central), somente no governo Bolsonaro (2019-2022), o único a não conceder reajuste geral ao funcionalismo federal nos últimos 20 anos, aprova o seguinte calendário de mobilização”, afirmou a entidade em comunicado.

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