Tabata Amaral quer que profissionais da educação sejam priorizados na vacinação contra Covid-19

Projeto de Lei protocolado pela deputada define critérios técnicos para a distribuição de doses do imunizante

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2020 17h10 - Atualizado em 03/12/2020 17h48
Will Shutter/ Câmara dos Deputados tabata-amaral.jpg Will Shutter/ Câmara dos Deputados

Após o  Ministério da Saúde anunciar o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra Covid-19, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) apresentou projeto de lei que visa priorizar profissionais da educação, além dos trabalhadores da saúde, para o recebimento da vacina contra Covid-19. Na primeira fase do plano, está previsto que profissionais de saúde, idosos com mais 75 anos, cidadãos com 60 anos ou mais que moram em asilos e instituições psiquiátricas e a população indígena recebem as primeiras doses do imunizante. Para a deputada, o retorno às aulas presenciais é urgente e a proposta é necessária para que 100% dos funcionários da educação possam voltar à linha de frente com segurança.

“Pensamos sempre nas vidas perdidas pela Covid em termos de saúde, mas a não educação leva a uma morte lenta. O Brasil segue, em muitas localidades, sem aulas presenciais, sendo um dos países há mais tempo sem aulas no mundo”, diz Tabata sobre a situação da Educação no País. “Não estudar tem um impacto profundo na vida das crianças e jovens, pois diminui sua renda ao longo da vida e até quantos anos eles vivem. Essa situação prejudica principalmente os estudantes mais vulneráveis: 55% dos estudantes que moram em favelas admitem a possibilidade de abandonar os estudos, segundo pesquisa feita pelo Data Favela.”

Além da inclusão dos profissionais da educação na primeira fase do plano, o PL define critérios técnicos para a distribuição de doses de vacina e transferência de recursos federais a entes federativos. “Esses critérios deverão levar em conta informações e dados demográficos, epidemiológicos e sanitários como tamanho da população, percentual da população imunizada contra Covid-19, participação percentual dos grupos vulneráveis no total da população, percentual da população já acometida por Covid-19, número de casos e óbitos, número e taxas de hospitalizações e de óbitos por Covid-19 e por síndrome respiratória aguda grave, capacidade instalada da rede de saúde na localidade ou região e grau de urbanização e potencial de disseminação da Covid-19 na localidade ou região”, explica nota enviada à Jovem Pan pela assessoria da deputada.

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