Presidentes de Colômbia e Venezuela iniciam reunião sobre crise fronteiriça
Quito, 21 set (EFE).- Os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, iniciaram nesta segunda-feira em Quito uma reunião para tratar tête-à-tête os problemas na fronteira comum.
Santos e Maduro não estão sozinhos mesa de diálogo, mas acompanhados pelos presidentes do Uruguai, Tabaré Vázquez, e do Equador, Rafael Correa, que representam as presidências temporárias da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), respectivamente.
Ambos organismos atuaram como intermediários para conseguir a reunião, que esteve precedida por dois encontros das chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín e da Venezuela, Delcy Rodríguez, o último deles em Quito.
Após um almoço no Palácio de Carondelet, sede da presidência equatoriana, os governantes deram início ao diálogo, no qual tratarão as possíveis soluções à crise surgida após a decisão do presidente da Venezuela de decretar em 19 de agosto o fechamento parcial da fronteira.
O presidente da Colômbia denunciou que, após essa decisão, foram violados os direitos humanos de muitos colombianos que viviam na região de influência da fronteira, enquanto o da Venezuela argumentou que as medidas buscam pôr freio ao contrabando e às atividades de grupos paramilitares que afetam seu país.
Desde o fechamento parcial da fronteira mais de 1.600 colombianos foram expulsos de território venezuelano, segundo números de organismos da ONU, enquanto outros 19.000 abandonaram a Venezuela por conta própria, de acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Em sua chegada a Quito, Maduro assegurou hoje que participa do encontro “com a mais alta vontade de paz” e com “propostas concretas”, acrescentando que proporá a Santos um “pacto de convivência, respeito, igualdade e paz”.
Por sua vez, antes de partir de Bogotá, Santos afirmou que sua prioridade na reunião que terá com Maduro será o respeito pela soberania de seu país, assim como os direitos humanos de seus compatriotas. EFE
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