Primeira-ministra prevê Québec independente “sem fronteiras e nem alfândegas”

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2014 17h03

Toronto (Canadá), 11 mar (EFE).- A primeira-ministra quebequense, a defensora da soberania Pauline Marois, disse nesta terça-feira que sua visão de uma Québec independente é similar à União Europeia (UE), “sem fronteiras nem alfândegas”.

Marois fez a declaração durante um comício eleitoral nas cercanias da cidade de Lac-Megántic, onde no ano passado a explosão de um trem de mercadorias composto por dezenas de vagões cisterna causou a morte de 47 pessoas.

A primeira-ministra provincial do defensor da soberania Partido Quebequense (PQ) disse que caso Québec se declare independente, os canadenses seguirão indo a Québec como turistas e os quebequenses farão o mesmo com o resto do Canadá.

“Eles seguirão vindo aqui, não haverá fronteiras ou alfândegas”, disse Marois.

Na semana passada, Marois convocou eleições provinciais antecipadas para 7 de abril com o objetivo de conseguir a maioria absoluta das 125 cadeiras da Assembleia Nacional, o Parlamento do Québec.

Marois, que nas eleições de 2012 obteve 54 deputados e arrebatou assim o poder do federalista Partido Liberal do Québec (PLQ), disse que se ganhar as eleições, encarregará a formação de uma comissão que estude se os quebequenses querem um referendo independentista.

Em 1980 e 1995, Governos do Partido Quebequense convocaram consultas separatistas. Na última, os partidários da independência conseguiram 49,42% dos votos e estiveram a ponto de conseguir seu objetivo.

Após a derrota de 1995, a política extra-oficial do PQ é não realizar um novo referendo até que se deem as “condições ganhadoras”.

As enquetes assinalam que o Partido Quebequense e o Partido Liberal do Québec estão praticamente empatados em intenção de votos.

Mas as particularidades do sistema eleitoral canadense e a concentração do voto federalista em um número relativamente pequeno de circunscrições eleitorais fazem com que todos os analistas assinalem que o PQ está perto de conseguir as 63 cadeiras que lhe darão a maioria absoluta na Assembleia Nacional. EFE

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