Professores mexicanos afirmam que manterão protestos apesar de volta às aulas

  • Por Agencia EFE
  • 14/06/2015 18h44
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Cidade do México, 14 jun (EFE).- Centenas de professores da Coordenadoria Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) fizeram uma passeata neste domingo na Cidade do México pela luta contra a reforma educativa e anunciaram que realizarão uma onda de protestos, apesar da volta às aulas nesta semana.

Em um comício, integrantes da CNTE garantiram que continuarão de pé com a luta apesar do ultimato dado pela Secretaria de Governo que os fez voltar às salas de aula.

Em declarações divulgadas pelo jornal “Excelsior”, Agustín Vargas, membro da seção 7 de Chiapas, explicou que “nesta nova fase continuará o processo de resistência e reorganização em meio à desobediência civil pacífica”.

Após criticar a decisão do secretário de Governo, Miguel Ángel Osorio Chong, ao romper as negociações com a Comissão Nacional Única de Negociação, a Coordenadoria manifestou que se mantém firme em unidade com os diferentes contingentes.

Os professores mantêm parte do plantão no Monumento à Revolução da capital mexicana, de onde muitos saíram para o reinício das aulas.

O subsecretário mexicano de Governo, Luis Enrique Miranda, condicionou na quarta-feira passada o retorno à mesa de diálogo à presença de “todo o contingente (de professores) em suas escolas, trabalhando”.

O sindicato iniciou uma greve de encerramento indefinido no dia 1º de junho que afeta mais de seis milhões de alunos nos estados com maior presença: Oaxaca, Chiapas, Guerrero e Michoacán.

A CNTE repudia a reforma educativa promulgada em 2013 pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que, entre outros pontos, criou um sistema de avaliação obrigatório para todos os professores.

O exame docente foi suspenso no fim de maio, mas reativado na segunda-feira passada pelo governo, que atribuiu o cancelamento a fatores “técnicos” – como falta de computadores – e políticos pelo pleito do domingo, quando foram eleitos 2.016 cargos sob a ameaça de boicote eleitoral em vários estados. EFE

pem/vnm

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