Quênia congela dezenas de contas por suposto financiamento terrorista

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2015 09h53

Nairóbi, 8 abr (EFE).- O governo queniano congelou as contas de pelo menos 86 pessoas e empresas que são acusadas de financiar atividades terroristas relacionadas com o grupo islamita Al Shabab, informou nesta quarta-feira o Ministério das Finanças.

Em uma tentativa de cortar as vias de financiamento do grupo, que na quinta-feira passada assassinou 148 pessoas na Universidade de Garissa, as autoridades quenianas suspenderam as contas de 13 companhias de envio de dinheiro muito populares entre a comunidade somali do Quênia, segundo revelou o jornal local “The Star”.

Duas companhias incluídas nas lista, Muhuri e Haki África, entraram em contato com o jornal queniano para negar qualquer vínculo com terroristas e asseguraram que sua incumbência é melhorar o desenvolvimento local e defender os direitos humanos.

A medida, que deve ser publicada no Diário Oficial para entrar em vigor, é adotada um dia depois que vários proeminentes políticos do nordeste do país prometeram revelar os nomes de supostos colaboradores da Al Shabab que vivem em Garissa e outras cidades das fronteiriças com a Somália.

Em meados de dezembro de 2014, o Quênia já suspendeu as licenças e congelou os ativos de 16 ONGs que supostamente financiavam atividades terroristas, embora naquela ocasião não revelaram os nomes porque a investigação ainda estava em andamento.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, pediu no sábado passado à comunidade muçulmana que colabore com as forças de segurança para combater os radicais que se escondem entre eles e utilizam o islã para conseguir seus próprios objetivos.

O presidente queniano já tinha advertido que as operações antiterroristas são muito complexas porque “os que planificam e financiam esta brutalidade estão muito presentes em nossas comunidades”. EFE

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