Termina sem acordo reunião preparatória de conferência de revisão do TNP

  • Por Agencia EFE
  • 09/05/2014 16h51

Nações Unidas, 9 mai (EFE).- A terceira sessão de reuniões para preparar a conferência da revisão do Tratado de Não-Proliferação (TPN) nuclear de 2015 terminou nesta sexta-feira sem um texto de compromisso entre todas as partes, mas com perspectivas positivas.

Assim assegurou o presidente da comissão preparatória, o diplomata peruano Enrique Román-Moray, em entrevista coletiva por conta do encerramento do encontro, que se desenvolveu desde 28 de abril na sede das Nações Unidas.

Segundo Román-Morey, a comissão não pactou um documento de recomendações “por falta de tempo”, mas todos os Estados se mostraram dispostos a negociar um acordo sobre o qual seja iniciada a próxima conferência de revisão do TPN em 2015.

Faltando um consenso, o diplomata peruano resumiu em um documento suas próprias recomendações com base no que foi discutido na reunião, na qual participaram 149 delegações.

O texto ressalta a importância de implementar totalmente o tratado e dar “passos concretos” para conseguir a eliminação total das armas nucleares.

Román-Morey ressaltou que o grosso da comunidade internacional está de acordo que essa é a única opção possível, embora as potências nucleares signatárias do TNP (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China) advoguem por um processo “passo a passo”.

Segundo lembrou o peruano, hoje segue havendo no mundo cerca de 17 mil armas nucleares, apesar dos compromissos de desmantelamento selados pelos países que as possuem.

A reunião ressaltou, além disso, as possibilidades de avançar rumo à criação de uma zona livre de armas atômicas no Oriente Médio, disse Román-Morey.

Além disso, no marco do encontro, as potências atômicas assinaram um protocolo com o qual se comprometeram a não usar armas nucleares em Ásia Central, região que se declarou livre deste tipo de armamento.

O TNP, considerado a base de todo o regime de não-proliferação nuclear, foi assinado em 1970 e se estendeu de forma indefinida em 1995, com o compromisso de serem realizadas a cada cinco anos conferências de revisão.

No total, 190 países assinaram o tratado, exceto Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte. EFE

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