“The Guardian” publica anúncio no próprio jornal para buscar novo diretor

  • Por Agencia EFE
  • 30/12/2014 18h47

Londres, 30 dez (EFE).- O jornal britânico “The Guardian” publicou um anúncio em sua seção de emprego no qual busca um diretor para substituir Alan Rusbridger, que deixará o cargo no ano que vem após vinte anos trabalhando no diário.

A Scott Truste Limited, companhia proprietária do “The Guardian” e de sua versão dominical, o “The Observer”, procura “candidatos de destaque do mundo do jornalismo” e “aceitará solicitações de qualquer aspirante qualificado” para o posto, segundo afirmou o próprio jornal no anúncio publicado hoje.

Além disso, o texto afirma que o próximo diretor do diário britânico precisará ser “o líder de uma organização com ambição global”, “mostrar dedicação a um jornalismo aberto e independente” e ser “um embaixador e um defensor credenciado da empresa”.

Os candidatos que cumprirem os requisitos devem enviar, antes de 1º de fevereiro de 2015, o seu currículo, acompanhado por uma carta de apresentação, referências pessoais e um texto de não mais de mil palavras explicando qual seria seu projeto e seu visão do jornal para os próximos anos.

O “The Guardian”, fundado em 1821, manteve sob a direção de seu até agora diretor um formato berlinense de páginas grandes, em uma época na qual seus grandes concorrentes passaram para o formato tabloide.

Rusbridger, de 60 anos, nascido em Lusaka, na atual Zâmbia, foi redator e colunista do jornal durante 16 anos, até que substituiu Peter Preston na direção.

O ainda diretor de “The Guardian”, que anunciou sua demissão em 10 de dezembro, guiou o periódico em sua transformação para formato digital e abriu sucursais nos Estados Unidos e Austrália.

Neste ano, o “The Guardian” compartilhou com o americano “The Washington Post” o prêmio Pulitzer de jornalismo na categoria de serviço público por suas informações sobre a espionagem nos Estados Unidos por causa das revelações do ex-analista da CIA Edward Snowden.

O jornal britânico é um dos meios de comunicação em inglês mais lidos do mundo na internet, ao lado do “Mail Online” e do “New York Times”. EFE

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