UE e Comissão Eleitoral egípcia assinam acordo para acompanhar eleições

  • Por Agencia EFE
  • 13/04/2014 17h05

Cairo, 13 abr (EFE).- A União Europeia (UE) e a Comissão Eleitoral egípcia assinaram neste domingo um memorando de entendimento que permite aos observadores europeus seguir as próximas eleições presidenciais, previstas para os dias 26 e 27 de maio.

O presidente da Comissão Eleitoral, Anwar Rashad al Asi, assinalou no ato que o acordo outorga o direito aos observadores de fazer um acompanhamento de todos os períodos do processo eleitoral.

Segundo Al Asi, o convênio “permitirá aos membros da delegação europeia se deslocar com liberdade em todo o país e ter ligações livremente com partidos políticos, candidatos, eleitores e membros da sociedade civil”.

Por sua vez, o chefe da delegação diplomática da UE no Egito, James Moram, expressou a determinação de ajudar o país para que aconteça o atual processo de transição e haja cooperação com as autoridades egípcias.

Moram acrescentou que o desdobramento de observadores foi uma reivindicação do Egito à UE e será feita de acordo com a situação de segurança.

“O objetivo é conseguir eleições transparentes e críveis em um marco democrático e sob a soberania da lei”, apontou o diplomata, que assinalou que a missão europeia não intervirá no processo eleitoral e se limitará a verificar a informação com “neutralidade, transparência e eficiência, e de acordo com os critérios internacionais e as leis locais”.

O acordo permite à legação europeia terr ligação com todas as administrações que participam da realização das eleições, ter acesso às informações vinculadas com este processo e entrar nos colégios eleitorais para seguir a votação e a apuração dos votos.

Está previsto que os observadores europeus entreguem uma cópia de seu relatório preliminar à Comissão Eleitoral no final do pleito.

Segundo um comunicado do Ministério egípcio das Relações Exteriores, que amanhã assinará outro memorando a respeito com a UE, a missão europeia estará composta de 150 membros, entre eles deputados dos países europeus e diplomatas comunitários no Cairo, embora também haverá membros da Suíça, Noruega e Canadá.

Na quinta-feira passada, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e o ministro egípcio das Relações Exteriores, Nabil Fahmi, anunciaram no Cairo que a UE enviará uma missão de observação às eleições presidenciais, nas quais parte como favorito o anterior chefe do Exército, Abdelfatah al Sisi.

Ashton realizou uma visita oficial ao Egito, após vários meses avaliando a possibilidade de enviar dita missão, como já fez durante as presidenciais de 2012.

No entanto, no passado referendo constitucional realizado em janeiro, incluído no plano traçado pelos militares após a destituição do islamita Mohammed Mursi em julho passado, a UE só contou com a representação testemunhal de uma reduzida equipe de analistas, não observadores, formada por cinco pessoas. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.