Unesco lança programa educativo em Gaza, e pede respeito as escolas

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2014 14h03

Paris, 4 ago (EFE).- A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou nesta segunda-feira que desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza 137 escolas foram danificadas, e declarou que é preciso que estes locais fiquem de fora dos confrontos, ao anunciar um programa de ajuda à escolarização na região.

“As escolas de Gaza se transformaram em símbolos da tragédia humana em curso. A proteção de escolas não pode esperar. É essencial para a proteção dos civis e uma condição prévia indispensável para que o sistema educacional volte à normalidade assim que as circunstâncias permitam”, afirmou a diretora geral da organização, Irina Bokova, em comunicado.

Ela lembrou que, pelo menos, sete escolas da Organização da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) usadas como refúgio por menores e civis foram atacadas, deixando mortos e feridos. A Unesco anunciou um plano para melhorar a segurança do ambiente escolar e diminuir o pânico que afeta alunos e docentes mediante apoio psicossocial, atividades de recreação e práticas inovadoras em sala de aula.

“Este programa beneficiará às escolas públicas secundárias de toda a Faixa de Gaza e em particular da zona de acesso restrito. É fundamental que crianças, meninas e docentes estejam a salvo para aprender e ensinar de maneira eficaz”, disse.

Segundo ela, a continuidade da educação é vital para impedir mais violência e o agravamento da crise.

“É igualmente vital manter as escolas de fora de qualquer uso militar. Reitero meu pedido a todas as partes para que assim seja”, acrescentou.

A Faixa de Gaza conta com meio milhão de estudantes e 25 mil profissionais, entre docentes e equipe escolar, segundo dados da Unesco, que calcula em US$11 milhões o custo das necessidades educativas mais urgentes.

“Encontrar financiamento e ajuda para a educação é fundamental para proteger um sistema educacional debilitado. Peço a todos os doadores que colaborem com esse pedido e apoiem programas educativos cruciais para o presente e para que a região possa ter um futuro pacífico”, concluiu Irina em seu texto. EFE

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