Universidades vão parar se não revertermos a situação agora, alerta presidente de Associação de Docentes

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2015 15h53
NITERÓI,RJ,28.05.2015:UFF-OCUPAÇÃO - Estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) seguem ocupando prédio da reitoria da instituição, em Icaraí, Niterói (RJ), nesta quinta-feira (28). O local foi ocupado na tarde desta quarta-feira (27). O ato se soma a deliberação de greve anunciada para esta quinta-feira como forma de pressionar a reitoria para atender as demandas dos alunos. . (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress) Folhapress Estudantes ocupam prédio da reitoria da UFF em Icaraí

Greve nas universidades federais atinge 30% dos campi com adesão de professores e funcionários em todo o país. Nas 59 instituições, trabalham 150 mil funcionários, 101 mil professores que dão aulas a mais de um milhão de alunos de graduação. As categorias reivindicam reposição salarial de 27%, reestruturação de carreira e piso de R$ 3.182.

O comando nacional de greve fica em Brasília com o presidente da Associação de Docentes de Ensino Superior, Paulo Rizzo, que alardeou a crise das universidades. “Desde o começo do ano há uma crise acentuada nas universidades federais e que elas não estão conseguindo fazer seus pagamentos. Não paga conta de luz, não paga empresa terceirizada, não paga, às vezes, bolsa. O orçamento e o repasse não estão dando conta. São cortes que estão afetando as atividades acadêmicas das universidades”, explicou.

Rizzo ainda alertou para a tentativa de reverter a situação: “se não lutarmos agora e não conseguirmos reverter essa situação, a universidade vai parar de qualquer jeito, vai parar porque não vai ter condição de funcionamento”.

Em nota, o Ministério da Educação disse que cessou o diálogo com a deflagração da greve. A crise instalada nas universidades agrava-se com o corte nos repasses e o anúncio do ajuste fiscal, semana passada, que ceifou o setor em R$ 9 bilhões.

Estão em greve os campi de Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambucano, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins.

A paralisação mais longa nas universidades ocorreu em 2012 com a suspensão de quase 120 dias de aulas.

Em nota oficial, o Ministério da Educação informou nesta quarta-feira (27) que se reuniu com as entidades em busca de diálogo e foi informado desde o início de que havia data marcada para a greve.

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