Caderneta de poupança mantém sangria, que pode afetar mercado imobiliário

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2016 11h18
Marcelo Moura/Freeimages Vaquinha

Continua a sangria de recursos da caderneta de pupanças. Em setembro, a saída totalizou R$ 2,350 bilhões. A perda de depósito no acumulado de 2016 totalizou R$ 50,530 bilhões. O ritmo até caiu. No mesmo período do ano passado a saída chegou a quase R$ 53,8 bilhões.

Mas o fato é que a caderneta de poupanças já perdeu muitos recursos. O processo de saques superarem depósitos, que vem de muito tempo, não tende a parar.

O Brasil tem juros elevadíssimos, o que torna outras aplicações muito mais rentáveis, como títulos do governo, fundos de investimento, letras do mercado imobiliário, letras do agronegócio. Há muitos meses a rentabilidade da caderneta de poupança tem perdido, inclusive, para a inflação.

Além disso, há a dificuldade financeira das famílias, que enfrentam crise econômica, desemprego, perda de poder de compra e endividamento elevado. Assim, muitos sacam a reserva da poupança, especialmente os lares mais pobres.

Um dos problemas maiores desse movimento todo é a perda de recursos para o financiamento imobiliário. A demanda de financiamentos já tem caído exatamente pelas dificuldades da economia brasileira. Mas quando houver um interesse maior do consumidor em adquirir a casa própria, talvez faltem recursos guardados.

Vale lembrar que o governo flexibilixou o uso da caderneta para imóveis de maior valor.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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