Lula é um grande oportunista que fez o que quis no país e, no fim, foi perdoado

Um país que ainda fala do ex-presidente e ex-presidiário petista vive no século 18, mas é este sujeito que Bolsonaro devolverá ao país

  • Por Álvaro Alves de Faria
  • 14/04/2021 14h01 - Atualizado em 14/04/2021 14h04
REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo/23.11.2020 Lula segurando máscara vermelha e sorrindo O ministro Edson Fachin anulou as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato

Chega sempre aquela hora em que surge a pergunta conhecida e inevitável: afinal, que país é este? Para onde vai este país? Segue para que lugar dentro de sua própria história? Afinal, o que a atual administração federal deu ao país, além de atritos de toda ordem, quase diários, ofensas, insultos, descasos e uma conduta que não se pode aceitar do chefe de uma Nação? O que o país recebeu? Armas à vontade para quem quiser? Aliás, o próprio presidente já declarou que deseja uma população armada, para o povo não ser escravizado. Não se sabe exatamente o que isso quer dizer. Deu-nos aquela fatídica reunião ministerial de 22 de abril de 2020, repleta de palavrões, um encontro parecido com aqueles dos diretórios acadêmicos de 1960, época em que ninguém sabia ao certo o que desejava da vida. Essa reunião de 22 de abril tem que entrar na história brasileira. Naquele encontro, o presidente se encarregou de mostrar o país que ele queria ou ainda quer governar. Sim, é verdade, Bolsonaro nos livrou do PT, partido líder da corrupção mundial, que administrou a maior quadrilha de corruptos da história da humanidade. Nunca se roubou tanto no Brasil. Nunca. Bolsonaro nos livrou do PT, e daí? No fundo, ele agora é o PT do avesso, ou da direita, ou da extrema direita, como queiram. Como o Brasil é um país surrealista, nada mais natural que o PT tenha eleito Jair Bolsonaro para a Presidência da República.

A população, naquela eleição, votaria em qualquer coisa, mas no PT, não. Nunca mais. Pois agora o próprio Bolsonaro está devolvendo o país ao PT do ex-presidiário Luiz Inácio da Silva. Mas que país é este? É um país em que um só ministro do famigerado STF, Edson Fachin, anula todas as condenações de Lula, que se tornou um ficha limpa. Assim, de repente. Todo aquele trabalho imenso da Lava Jato não serviu para nada. Os corruptos bateram palmas ao STF e especialmente a alguns ministros do Tribunal que não vale a pena citar para não sujar a coluna com excrementos. Além das armas para quem quiser, a atual administração federal deu-nos o centrão de presente, esse grupo que reúne corruptos de todos os naipes. E em época de pandemia, a situação veio agravar-se cada vez mais, diante de um presidente que torce pelo vírus e se mostra contra a vacina, numa atitude que nenhum chefe de Estado do mundo assumiu, a não ser Donald Trump, nos Estados Unidos, que criou caso com seu país mesmo derrotado no voto. No Brasil, viramos inimigos de países com os quais sempre tivemos bom relacionamento, graças à conduta do fantasma ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Deu-nos também problemas com o meio ambiente nunca vistos no país, comentados no mundo inteiro. E outras coisas mais. Sempre há um clima de intriga em todo lugar. Vendo essa brecha criada especialmente com o descaso dispensado à pandemia, o ex-presidente e ex-presidiário Lula vem cruzando seus pauzinhos para sentar sua bunda na cadeira de presidente da República outra vez. Lula tem conversado muito com as lideranças do MDB, PL, PP e PSD, visando sua candidatura presidencial em 2022. A ordem agora no desaforado PT é encontrar palanques estaduais para aquela conversa de sempre, excluindo, claro, qualquer lembrança ao escândalo da Petrobras, para citar apenas um fato ligado a esse partido que alguns dizem ser de esquerda. Esquerda? O quê? Nunca. Esquerda civilizada nunca foi nem é PT. Esquerda é outra coisa, não é isso que aí está, ainda mais liderada por Luiz Inácio, aquele que conseguiu trair sua própria vida e todo um povo que nele confiou, hoje um molambo que, antes de tudo, se mostrou um grande oportunista que fez o que quis neste país e, por fim, é perdoado pelo STF, o que representa um acinte à sociedade, que deveria merecer respeito. Deveria. Não tem. Afinal, que país é este? Um país que ainda fala em Lula deve estar vivendo no século 18. Pois é esse sacripanta que Bolsonaro devolverá ao país, porque, pelo menos hoje, tudo indica que no cenário polarizado restará Lula e Bolsonaro no final. Quem escolher? No que diz respeito a este colunista, ele foge do país no dia da eleição.

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