Ter Guilherme Boulos como candidato ao governo de São Paulo revela a miséria política do Brasil

Como se não bastasse a candidatura do ‘líder’ dos sem-teto, ainda tem Fernando Haddad nessa briga sob a sombra de Lula que, num país sério e civilizado, já estaria com o nome riscado para sempre do meio político

  • Por Álvaro Alves de Faria
  • 16/09/2021 12h12
RODRIGO ALCANTARA/UAI FOTO/ESTADÃO CONTEÚDO - 20/02/2021 Guilherme Boulos (PSOL) concede entrevista aos jornalistas Guilherme Boulos será candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL

Só nos faltava essa para completar este circo mambembe chamado Brasil. Quando pensamos que as atitudes melancólicas terminam, há sempre uma outra para tomar lugar da anterior. Parece um circo de horrores. Pois o PSOL aprovou no domingo, 12, a pré-candidatura de Guilherme Boulos, aquele, ao governo de São Paulo. Como se o governo de São Paulo fosse uma lata de lixo. Acontece que, antes de tudo, o chamado “líder” dos sem-teto tem que enfrentar o PT, que pensa em lançar candidato Fernando Haddad, que parece sempre viver na Disneylândia. 

Faz algum tempo que Boulos vem percorrendo o Estado de São Paulo em busca de votos. Quer firmar seu nome entre os eleitores. É um direito que tem. Mas é, também, uma agressão aos eleitores paulistas. Sendo ele ou Haddad, a agressão é a mesma. Guilherme Boulos se impôs a missão de unir os partidos de esquerda em torno do seu nome. Ocorre que o PT também está percorrendo o Estado com o mesmo objetivo de Boulos. Na verdade, eles são iguais ao que de pior existe na política brasileira atual. Boulos afirma que deseja unir todas as forças de esquerda em torno de um programa comum, sem hegemonia e com muito diálogo. Nunca a palavra “diálogo” foi tão usada como agora. Todo mundo fala em diálogo, mas ninguém conversa com ninguém. 

Fernando Haddad ainda não admite que será candidato ao governo paulista. Prefere fazer suspense. Ocorre que sua candidatura faz parte de uma estratégia do ex-presidente Lula, preso até recentemente por corrupção. Foi solto por manobra vergonhosa do Supremo Tribunal Federal. Então, quem manda é Lula, tido ainda como o líder da esquerda brasileira. Para ter um líder assim, precisa ser uma esquerda muito vagabunda, como é. Luiz Inácio adianta que precisa de palanques fortes para viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2022. O jogo já está correndo. Mas o Estado de São Paulo não merece esse descalabro. Esses estão sempre manobrando contra tudo, com o discurso enganador de sempre, especialmente do pilantra-mor, que já devia estar fora de cena há muito tempo, por não ser uma pessoa séria, embora se diga o político mais honesto do Brasil. 

A notícia de Guilherme Boulos candidato ao governo de São Paulo revela bem a miséria política do Brasil. E como se não bastasse, tem ainda o Fernando Haddad. A vez é mesmo dos oportunistas. Dos que vivem da esperteza. De gente esperta o Brasil está cheio. O país com mais de 588 mil mortos pelo descaso com que foi tratada a pandemia pelo governo federal. E os espertos de sempre já firmam a posição. Boulos candidato ao governo de São Paulo. E como se não bastasse isso, tem ainda o Fernando Haddad com aquele ar de intelectual inútil da USP. E depois virão os outros nomes já figurinhas carimbadas na história medonha deste país sem rumo. Falta um ano para as eleições de outubro de 2022, mas eles já estão manobrando faz tempo. E por trás dessa sombra, a figura sinistra do sujeito Luiz Inácio da Silva que, num país sério e civilizado, já estaria com o nome riscado para sempre da política brasileira. Infelizmente temos aqui o Supremo Tribunal Federal, o soltador de bandidos. E isso explica porque Lula está solto. Eles ainda sonham em levar o Brasil de vez para um buraco sem fim. 

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