Denise: Arrecadação cresce e governo deve fechar 2019 abaixo da meta de déficit fiscal

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2019 10h42 - Atualizado em 23/10/2019 11h09
Estadão Conteúdo Avanço de dois pontos percentuais em preços monitorados puxou revisão de alta da inflação em 2021 Resultado de setembro, apesar de tímido, é o melhor para o mês desde 2014

Apesar de continuar avançando, a arrecadação federal perdeu ritmo no mês de setembro: registrou expansão de apenas 0,06% (já descontada a inflação), segundo dados da Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia divulgados nesta terça-feira (22).

Mesmo com o resultado baixo – em agosto, por exemplo a alta real foi de 5,67% nessa mesma comparação – , no entanto, a arrecadação somou R$ 113,933 bilhões, no melhor resultado para o mês desde 2014, quando atingiu R$ 118,829 bilhões. Os números comprovam que, conforme a economia se recupera, a arrecadação sobe também.

Com isso, o acumulado do ano, até agora, é de R$ 1,129 trilhão arrecadados, com aumento de 2,15%, também no melhor resultado desde 2014. A melhoria na arrecadação auxilia no cumprimento da meta fiscal deste ano que, mesmo com receitas abaixo do esperado, vai fazer com que o governo possa fechar 2019 com um déficit bem inferior aos R$ 139 bilhões estipulados como meta.

Essa possibilidade é animadora, já que essa meta não era das mais ambiciosas e ainda chegou a ficar comprometida, obrigando o governo a fazer retenção de gastos – o chamado contingenciamento – exatamente pela expansão de suas atividades estarem abaixo do esperado. Agora, após os ajustes de gastos e a arrecadação de recursos da cessão onerosa, que está por vir, o governo pode conseguir terminar o ano com boa folga: os mais otimistas já falam em rombo abaixo dos R$ 100 bilhões.

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