Denise: Mesmo com Previdência, recuperação não será imediata

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2019 10h30 - Atualizado em 02/10/2019 10h41
Agência Senado Plenário do Senado Bolsonaro afirmou que "lamenta a necessidade de aprovar uma reforma na Previdência no país" mas que, sem ela, Brasil quebraria em dois anos

Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro parou para falar com simpatizantes e afirmou que “lamenta a necessidade de aprovar uma reforma na Previdência no país” mas que, sem as mudanças nas regras de aposentadoria e pensões enviadas ao Congresso, o Brasil quebra em um período de dois anos.

“A verdade é que as finanças já estão quebradas. Mesmo que venha essa aprovação da reforma, se prevê a economia em dez anos todas as projeções. Agora, houve um corte importante nessa previsão. A equipe econômica trabalhava com a economia em torno de R$ 1 trilhão e isso caiu para R$ 800 bilhões com o corte que ocorreu na votação.

Na verdade eles fizeram uma alteração que faz com que o projeto não precise voltar para a Câmara, o que era uma grande preocupação porque ia começar toda a tramitação. mas a forma como isso ocorreu gerou uma certa incerteza quanto a possibilidade de novas mudanças ainda ocorrerem. Mais do que isso, tem a questão da PEC paralela que vai poder determinar a inclusão de Estados e municípios também nessa reforma.

Os Estados e municípios também estão com as finanças quebradas, não tem cumprido a lei de responsabilidade fiscal, tem um comprometimento muito grande do orçamento com os ativos e inativos. A aposentadoria de Estados e municípios também pesa demais.

Então a gente tem essa desidratação que é esperada, que claramente terá uma repercussão no mercado. A equipe econômica começa a lidar com outro cenário, porque se preparava o terreno para um cenário de médio para longo prazo.

O efeito não é imediato, mesmo no ano que vem. o Governo vai continuar com as mesmas dificuldades de lidar com o orçamento, de cortar despesas para cumprir meta, e ainda vai ter uma meta de um déficit imenso das contas.

A Previdência sinalizava uma situação melhor de evolução do sistema previdenciário em particular, então fica uma certa decepção quanto a essa mudanças de última hora. E a preocupação com a possibilidade de ocorrerem outras mudanças.”

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