Organizadora profissional, Antoniele Fagundes diz que vai lançar franquia Governess para todo o Brasil e exterior

Autora do livro ‘Sua Casa: Estilo de Vida, Organização e Decoração’, ela também é casada, mãe de três filhos e está criando a sua própria ONG

  • Por Fabi Saad
  • 28/07/2021 10h00
Divulgação Mulher apoiada em parede cinza sorrindo para a câmera. Tem cabelos castanhos e lisos longos, usa um colar e um casaco de malha azul, com uma blusa roxa por baixo Antoniele Fagundes é CEO da Governess Organizações

Nossa Mulher Positiva desta semana é Antoniele Fagundes, que estudou filosofia e psicologia, mas se encontrou no ramo da organização. Hoje, ela é CEO da Governess Organizações e autora do livro “Sua Casa: Estilo de Vida, Organização e Decoração”, da Editora Chiado. Além disso, é casada e mãe de três filhos e está criando a sua própria ONG, projeto que sempre esteve nos seus planos e que agora está conseguindo transformar em realidade. Como organizadora profissional, Antoniele conta como o início de sua carreira foi difícil por causa do preconceito. “Quando eu comecei a entrar dentro da casa dos clientes, comecei a perceber o quanto que, aqui no Brasil, as pessoas envolvidas em oferecer serviços domésticos dentro da residência dos outros sofrem com o preconceito. Percebi como precisamos reconhecer os esforços de todos os profissionais, sem discriminação”, relata.

1. Como começou a sua carreira? Eu me formei em filosofia em 2001 em Belo Horizonte, Minas Gerais, e na sequência me mudei para a Espanha para estudar espanhol. De volta ao Brasil, em 2002, eu me casei e comecei a dar aulas de filosofia para crianças e jovens em São Paulo. Dividia meu tempo entre dar aulas e me dedicar à minha segunda faculdade, psicologia. Comecei a promover cursos de formação para babás e a orientar pais e professores em questões referentes ao desenvolvimento infantil. Em 2007, engravidei do meu primeiro filho, decidi me dedicar 100% à maternidade e me mudei para Londres com o meu marido. Em 2009, de volta ao Brasil, montei uma empresa de consultoria familiar e, dentro dela, um dos pilares era a organização. Em 2014, decidi seguir focando o meu trabalho na área de organização e fundei a Governess. Nasceu assim a minha carreira como organizadora profissional.

2. Como é formatado o modelo de negócios da Governess? A Governess trabalha com organização de residências e de mudanças. Nós cuidamos desde a organização de apenas um espaço da residência ou empresa, até a organização completa. Na opção de mudança, acompanhamos todas as etapas, caso o nosso cliente necessite, desde a orientação de layout dos armários junto à marcenaria, limpeza pós-obra, gestão e administração junto à transportadora que irá empacotar e transportar a mudança, até a organização do novo lar.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Eu poderia dizer que o momento mais difícil da minha carreira foi no início da pandemia, em março de 2020, quando a Governess ficou fechada por quase 3 meses. Durante este período, arcamos com a folha de pagamento de todas as pessoas envolvidas na empresa. Foi um momento delicado, mas conseguimos segurar as pontas. Contudo, o difícil mesmo foi no início da minha carreira como organizadora, quando eu comecei a entrar dentro da casa dos clientes. Naquele momento comecei a perceber o quanto que, aqui no Brasil, as pessoas envolvidas em oferecer serviços domésticos dentro da residência das pessoas sofrem com o preconceito. Percebi como precisamos reconhecer os esforços de todos os profissionais, sem discriminação. Falta no país uma mudança ideológica por parte da sociedade como um todo, para perceber que todo trabalho tem sua importância e deve ser igualmente respeitado.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? É uma loucura constante. Eu preciso a cada dia escolher as coisas que são mais urgentes e não deixar para trás as que são importantes. Preciso ter uma agenda sempre embaixo do braço com todos os compromissos, os horários, os deadlines… Além disso, conto com a ajuda da tecnologia com alarmes para me lembrar das coisas que eu preciso fazer. É um exercício constante de correr atrás de todas as coisas que eu preciso fazer. A vantagem de tudo isso é que eu gosto! É uma vida corrida, dinâmica, com muitas tarefas e bastante coisa para fazer, sempre escolhendo o que eu preciso resolver primeiro, mas eu gosto disso. Sou uma pessoa muito família, amo aproveitar o tempo livre com meu marido e meus filhos. Infelizmente, não consigo encontrar e falar tanto quanto eu gostaria com meus amigos.

5. Qual seu maior sonho? O meu sonho é sempre sonhar. A esperança, assim como os sonhos, os projetos de vida que a gente tem, são o que nos move, que nos mantém vivos, sentindo a vida dentro da gente pulsar. Então, eu desejo sempre ter essa força de vontade e trabalhar para realizar os meus projetos pessoais e profissionais. No momento, acabei de formatar a franquia Governess e em breve irei lançá-la para todo o Brasil e exterior. Além disso, estou criando a minha ONG, projeto que sempre esteve nos meus planos e que agora estou conseguindo transformar em realidade.

6. Qual sua maior conquista? Minha maior conquista é a minha família! O meu marido e os meus filhos são o meu combustível, eles me enchem de alegria e satisfação. E isso me faz ir em busca dos meus desejos e mantém a minha esperança sempre na vida!

7. Livro, filme e mulher que admira. Livro e filme que eu mais gosto é impossível, porque eu gosto de quase tudo! Eu sou uma pessoa muito curiosa e tenho interesse em explorar um pouquinho, mesmo daquilo que não me chama tanta atenção, eu gosto de conhecer e aprender. Por exemplo, os meu filhos assistem muito anime e, para mim, é algo novo que nunca tinha chamado a minha atenção, mas hoje em dia eu assisto com eles. Eu leio desde livros filosóficos até revistas de fofocas. O que cair na minha mão eu leio. Meu marido brinca que assistir televisão comigo é muito difícil, porque passando pelos canais eu sempre paro e assisto uns minutos do que quer que seja. Uma mulher que eu admiro é Alcione Albanesi, presidente da ONG Amigos do Bem.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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