Felipe Moura Brasil: A onda Bolsonaro cresceu

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 03/10/2018 08h47 - Atualizado em 03/10/2018 08h48
Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados A onda Bolsonaro abateu a tucanada e agora pode varrer o partido que protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história do país

Depois de ter aberto 10 pontos de vantagem no Ibope sobre Fernando Haddad, Jair Bolsonaro abriu 11 pontos de vantagem sobre o poste de Lula no Datafolha.

Bolsonaro supera Haddad no primeiro turno por 32 a 21% das intenções de voto e abre vantagem de 14 pontos em votos válidos, ou seja, excluindo-se brancos e nulos, com o placar de 38 a 24%.

O número não é suficiente neste momento para liquidar a eleição no primeiro turno, já que o líder precisaria de 50% dos votos válidos, mais um, mas sua equipe ainda acredita que pode crescer com os chamados votos enrustidos, não detectados pelas pesquisas, e mais o voto útil de eleitores de outros candidatos contra a volta do PT ao poder.

Na projeção de segundo turno do Datafolha, Bolsonaro tem 44 contra 42% de Haddad, o que aumenta a confiança do eleitorado na capacidade do deputado de derrotar o poste.

Dá para entender o desespero do PT, de suas linhas auxiliares, da imprensa petista e de Ricardo Lewandowski, que deu até piti para liberar uma entrevista de Lula, mas Dias Toffoli acabou mantendo a liminar de Luiz Fux contra a liberação, que agora será discutida no plenário do STF, possivelmente só depois do fim do segundo turno.

Resta à campanha de Haddad “fazer o diabo” para evitar uma derrota no primeiro.

Tanto que o poste, que vinha posando de paz e amor, partiu para a apelação, dizendo que Bolsonaro tem problema psicológico contra mulher, negro e LGBT.

“Sou a favor que a Câmara pague um tratamento psicológico para o deputado, que tem problema com mulher”, declarou ainda Haddad.

É curioso: até na hora de ironizar adversário, petista prega aumento de gastos públicos.

Já Geraldo Alckmin, que teve uma gota de esperança com os 11% na pesquisa BTG de segunda-feira, tomou um banho de água fria com os 8% no Ibope e no Datafolha.

O PSDB paga o preço da falta de assertividade contra o PT, mesmo depois de tanta roubalheira. Não adiantou ter rotulado de “extremista de direita” quem foi mais assertivo.

A onda Bolsonaro abateu a tucanada e agora pode varrer o partido que protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história do país e tem como plano soltar um presidiário corrupto e lavador de dinheiro e se vingar da Justiça.

Nenhuma frase polêmica é mais grave do que isso.

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