A missão estratégica do Jornalismo nas eleições 2022

Jornalistas e agentes midiáticos corrompidos não podem funcionar como comparsas do regime criminoso que mantém o Brasil e o povo no subdesenvolvimento político, econômico e cultural

  • Por Jorge Serrão
  • 10/08/2022 16h01
Andrys Stienstra/Pixabay Jornal sobre a mesa Jornalismo tem papel fundamental nas eleições

O noticiário brasileiro, sobretudo na extrema mídia (nacional-socialista) tradicional, decreta a morte do Jornalismo. Os limites do estelionato editorial vem sendo ultrapassados de maneira descarada. Agride-se a objetividade dos fatos. Afronta-se a Lógica e a Ciência. Estupra-se a verdade. Os tradicionais veículos de comunicação – alguns à beira da falência ou sérios candidatos a sumirem do mapa, em breve – simplesmente assinaram suas sentenças de morte da credibilidade com a cobertura diária difamatória do governo federal e com a perseguição a quem prega valores conservadores e honestos. O extremismo jornalístico (mais claramente na esquerda, mas também em uma parcela da direita que ainda não definiu sua identidade) firmou uma aliança com a corrupção política para produzir desinformação, contra-informação e debates irrelevantes. Definitivamente, ficou claro que o “Jornalixo” (ou “jornazismo”) não tem compromisso com as mudanças exigidas pelo povo brasileiro. Na realidade, é aliado do Crime Institucionalizado.

A novidade boa: A maioria das pessoas percebe este fenômeno de pura canalhice editorial. Só precisa dominar melhor alguns conceitos corretos. Por exemplo: Isenção é um mito do Jornalismo. Qualquer veículo de comunicação tem direito de escolher sua posição política-editorial. Só precisa cumprir o dever básico de deixar isso claro para seu público-alvo-consumidor, leitor ou audiência. Cada um apoia ideias, posições ou candidatos que bem desejar, desde que respeitando a legalidade e, sempre, a verdade. Isto constitui e consolida a Liberdade de Imprensa. O que não é legítima é a prática da mentira ou de uma sutil contravenção da verdade. Jornalixo que mente e defende criminosos é ilegítimo e ilegal. Parcialidade criminosa é inaceitável.

Notícia excelente: A imprensa corrupta, mentirosa e venal está com os dias contados no Brasil. Só idiotas aguentam tantas narrativas, intrigas e mentiras. Fakenews e “faketóides”, nunca mais! É a campanha que as pessoas de bem precisam lançar e abraçar. Para romper com o caos vigente, um jornalismo independente, de alto nível, seria de importância fundamental. Afinal, sempre que o jornalismo cumpre a missão de retratar a verdade (aquilo que é real, universal e permanente) consegue agir como testemunha fiel e objetiva da história e contribui, estrategicamente, para a informação e reta formação da consciência do povo. A ausência ou perda de credibilidade do jornalismo pode representar um risco grave: a desgraça de uma nação. Uma imprensa em descrédito tende a mergulhar uma sociedade em decadência. Por isso, é tão importante refletir sobre jornalismo em tempos de “jornalixo” e “jornazismo”.

Até 2 de outubro (ou até dia 30, no segundo turno), assistimos e participamos do grande teatro eleitoral. Atores dão show de encenação ou nos proporcionam um espetáculo bufão. A maioria dos políticos abusa do cinismo pragmático. Discurso bem intencionado, porém com práticas sociais hediondas, comportamentos reprováveis e muita narrativa mentirosa. Assim agem os “poderosos”, os políticos e a mídia. O Establishment cuida para que tudo permaneça do mesmo “jeitinho”. Sua Turma do Mecanismo comanda as operações. A impressão de que algo mudará para melhor é sempre um sonho, uma ilusão ou uma impossibilidade ou improbabilidade. Acontece que as mudanças precisam se tornar realidade concreta, pois esse é o desejo de expressiva parcela da nossa população.

Fator positivo da eleição 2022: povo está julgando criticamente o comportamento, o funcionamento e a estrutura das instituições brasileiras – claramente impactadas pela ação do Crime Institucionalizado – definido como a associação delitiva entre bandidos de toda espécie e membros da máquina pública nos poderes da União, Estados e municípios. Não devemos ter mudanças radicais nem transformações profundas imediatamente, o que seria ideal. No entanto, avançamos na (r)evolução brasileira para que o país se desenvolva, a partir do crescimento econômico, com efetiva geração de renda, mais empregos, melhores oportunidades e chances de sucesso para quem estuda, trabalha e empreende para progredir na vida.

O Jornalismo de Verdade precisa fazer uma pergunta valiosa: Como se pode defender e garantir a supremacia do bem público, a hegemonia do bem comum do povo, acima de todos os interesses privados, sem sucumbir à vontade da oligarquia que sempre se sentiu a “dona do poder” no Brasil? O grande desafio político brasileiro é instituir a verdadeira e plena soberania popular. Temos de fugir da realidade errática, atrasada e criminosa que não deixa o país crescer, desenvolver e progredir. O Jornalismo tem capacidade de contribuir com essa missão. Se os jornalistas profissionais não colaborarem, o povo vai exercer sua função jornalística, a seu modo, através da intercomunicação em redes sociais da internet, usando smartphones e seus programas como “ferramentas” ou “armas”. O advento e fomento do 5G no Brasil será importantíssimo para essa evolução midiática.

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