Supremo é conivente com arbítrio e abuso de autoridade alimenta genocídio contra sistema democrático

É recomendável comparar o total da população com os dados oficiais do SUS para enxergar a verdadeira dimensão do desastre da pandemia no Brasil

  • Por Jorge Serrão
  • 21/06/2021 14h49
Rosinei Coutinho/SCO/STF - 12/03/2020 Plenário do STF com a presença dos ministros Ministro do STF autorizou a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para depor na CPI da Covid-19

Matemática é uma ciência exata. “Matemágica” é estelionato contra o mundo real. Números absolutos ou relativos não mentem. Nada menos que 17 milhões de brasileiros foram salvos pelo tratamento médico imediato. Pode ser que alguns, por milagre divino, tenham sobrevivido porque não havia chegado a hora derradeira deles. Infelizmente, meio milhão de brasileiros morreram de Covid-19 ou por complicações geradas pelo vírus que veio da China. A realidade é nua e crua, porém não merece ser deturpada política e ideologicamente. O fato objetivo é que a extrema imprensa funérea não tem legitimidade para ignorar que quase 17 milhões de pessoas salvas da doença é um número infinitamente superior e mais importante que 500 mil mortes – por mais dolorosas que elas sejam. Na vida verdadeira, qual abordagem merece ser exaltada: a pessimista ou a realista? A oposição perdida, irresponsável e esquerdopata contra Jair Bolsonaro prefere sobrevalorizar a desgraça. As pessoas honestas, de bem e do bem, com certeza optam pela realidade objetiva de que foram salvas infinitamente milhões mais vidas que as lamentáveis milhares perdidas.

Detalhe fundamental (ainda matemático): a população brasileira oficialmente projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atinge 213 milhões. Vale repetir o número de atingidos pela doença no Brasil: 18 milhões. Recuperados: 17 milhões. Mortos: 500 mil. Veja a atualização populacional no site do IBGE. Compare com os números atualizados no Painel Covid do Sistema Único de Saúde. É recomendável que se confronte o total da população (IBGE) com os dados oficiais do SUS. Contra a verdade dos números, não se admite narrativa mentirosa (perdão pela redundância). A maioria esmagadora da população brasileira (mais de 90%) não foi infectada pela Covid-19 ou, se foi, acabou atingida de maneira assintomática. No entanto, todos fomos afetados, covardemente, de maneira psicológica, política e econômica. A politização da pandemia, gerando pandemônio, por intenção eleitoreira e midiática, foi digna de uma “fraudemia”. O sistema nos força a aceitar a tese de que tudo se resolve com vacina, e não com tratamento imediato ou preventivo. O estamento burocrático nos impôs isolamento social, distanciamento social, lockdown como falsas soluções que só causaram caos econômico: quebradeira de empresas, prejuízos à economia informal e desemprego, junto com desânimo, pessimismo e depressão na maioria das pessoas.

Espetáculo nojento é a CPI (Comissão Picareta de Inquisição) do Covidão no Senado Federal. Trata-se de um roteiro pré-montado para tentar incriminar o Presidente da República, criando toda uma narrativa para criminalizar Jair Messias Bolsonaro por ação e omissão no combate à pandemia. Nenhum cidadão honesto consegue suportar uma CPI comandada e manipulada por pelo menos quatro senadores com histórico de crimes de corrupção, principalmente contra o setor de saúde. Mais grave é quando esses personagens hediondos abusam da autoridade e faltam com respeito e educação a servidores públicos que trabalharam (acertando ou errando) no combate a uma doença com evidências de ter sido produzida em laboratório. Tudo conforme o esquema: “quem fabrica o veneno também lucra trilhões de dólares com a venda do antídoto”. A pandemia começa a ser controlada com tratamento e vacinação em massa. Porém, a vacilação institucional se agrava. A situação política sai de controle. A Jurídica se aproxima do perigoso estágio de degradação. O ápice do desastre envolve, novamente, o Poder Supremo – que se coloca acima de tudo e de todos. O ministro Luís Roberto Barroso – que sempre se proclama “um progressista defensor da democracia” – autorizou a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para depor na CPI do Covidão. Supremo conivente com arbítrio é genocídio democrático.

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