Joseval Peixoto: Por que saiu da prisão o homem acusado de ter estuprado cunhada e filha?

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2018 10h33
Reprodução/Facebook Homem de 28 anos é suspeito de matar a própria filha de 13, um dia após ter saído da cadeia em São Roque

A notícia é fria. Homem de 28 anos é suspeito de matar a própria filha de 13, um dia após ter saído da cadeia em São Roque, a 70 quilômetros de São Paulo.

O caso ocorreu na madrugada da última quarta-feira. A adolescente teria também sido abusada pelo pai, antes de sua prisão. O monstro queria que a mulher e a filha tirassem a acusação.

Ante a recusa de ambas, agrediu a mãe a matou a menina a facadas. Depois fugiu. Este é o fato diverso que sangra hoje nos jornais, à margem de todo o noticiário politico que, nos últimos dias, tem povoado as páginas da imprensa brasileira.

Sempre que um fato absurdo como esse acontece, volta ao debate a indignação da sociedade, porque a justiça solta levianamente pessoas que já estavam cumprindo pena. Como nesse caso: o pai assassino, estava preso, acusado de ter cometido estupro contra sua cunhada. Estuprou também a filha. E depois a matou.

E por que saiu da prisão? Certamente consta dos autos que o facínora preso já estava curado e, portanto, em condições de voltar à convivência social. Esta é a grande deficiência da psiquiatria.

No século XIX, um médico italiano tentou criar a doutrina do delinquente nato – homens que por suas características pessoais demonstrariam ser criminosos e, portanto, seriam excluídos do convívio social, antes que cometessem seus crimes.

Não deu certo. A antropologia não conseguiu demonstrar a existência do criminoso nato. Então temos que conviver com esses monstros, até que o mal aconteça e possamos segregá-los.

O perigo que nos ronda é imenso, porque a capacidade do homem de agredir e matar tem a dimensão do infinito. Mesmo sendo uma menina de 13 anos, diante da loucura do próprio pai. Nem adianta ter fé.

Como proclama Vinicius, no seu cotidiano. “Às vezes quero crer, mas não consigo – é tudo uma total insensatez. E aí, pergunto a Deus: escute amigo. Se foi pra desfazer, por que é que fez?”.

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