Constantino: Com MP do INSS, Bolsonaro avança com sua agenda reformista

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2019 07h31 - Atualizado em 05/06/2019 07h33
Jefferson Rudy/Agência Senado Havia o receio de que o Senado não aprovasse a proposta, que passou pela Câmara, pois senadores reclamavam do curto prazo e não querem ser vistos como simples carimbadores do que vem dos deputados

O Brasil, aos poucos, avança. Qualquer pessoa séria sabe que não será da noite para o dia que vamos limpar tanta sujeira, que vamos sequer desfazer as porcarias deixadas pelo PT. Mas é preciso trabalhar para ir na direção certa, dia a dia, passo a passo. E foi o que fez o governo com a MP 871, para combater fraudes do INSS, que pode, segundo estimativas, economizar algo como R$ 10 bilhões por ano.

Havia o receio de que o Senado não aprovasse a proposta, que passou pela Câmara, pois senadores reclamavam do curto prazo e não querem ser vistos como simples carimbadores do que vem dos deputados. É uma crítica legítima, mas o fato é que a comissão demorou muito para ser instalada, e uma vez feito, o processo na Câmara também foi célere.

Finalmente o Senado aprovou a medida, com quórum suficiente em plena segunda-feira, algo “inusitado”. Por 55 votos a 12, os senadores aprovaram o projeto de lei derivado da Medida Provisória 871, elaborada pelo presidente.

“Acho que estamos a caminho de construir essa base aqui no Senado. Certamente a decisão do Senado vai repercutir na Câmara. E o ambiente é para construir um apoio que possa viabilizar as reformas que o Brasil precisa”, disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho.

Para o deputado federal Paulo Martins (PSC-PR), a participação social foi um “sopro” que estimulou a presença dos senadores: “Não é correto dizer que os senadores vieram porque ficaram com medo da repercussão negativa. Mas isso foi um sopro, uma contribuição adicional a uma articulação forte que estava sendo feita pelo governo, por deputados e por outros senadores”, disse. Martins foi o relator da comissão mista que analisou a MP 871. Ele entende a importância de uma boa articulação do governo com o Congresso, ao contrário do que alguns bolsonaristas radicais pregam por aí, demonizando a atividade parlamentar em si.

Além do PT, a REDE orientou sua bancada a votar não. Como fica claro, uma vez mais, o partido de Marina Silva nada mais é do que o petismo embalado à clorofila, um refúgio de ex-petistas que abandonaram a quadrilha, mas não o petismo.

Aos trancos e barrancos, com muitas cabeçadas e caneladas, falta de experiência e divisão interna, além dos ataques aos próprios parlamentares, o governo Bolsonaro vai fazendo avançar sua agenda reformista por meio do próprio Congresso. O Brasil agradece!

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