Rodrigo Constantino: Bolsonaro deve escutar Paulo Guedes e privatizar
O canal preferido do presidente Jair Bolsonaro, o Twitter, teve algumas polêmicas entre esta quinta e sexta-feira. Primeiro, ele divulgou a indicação de um “amigo particular”, Carlos Victor Guerra Nagem, para um cargo na Petrobras e cutucou que “a era do indicado sem capacitação técnica acabou”.
Esse tuíte foi apagado, mas a polêmica da nomeação do amigo não. Tanto que na manhã de sexta ele voltou à rede social pedindo desculpas à imprensa, de forma sarcástica, “por não estar indicando inimigos para postos em meu governo”.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou em entrevista que a indicação tenha motivação politica. Ele defendeu a experiência de Nagem na área, dizendo que o indicado trabalha há seis anos na área de segurança empresarial da Petrobras.
É óbvio que o problema não estaria em o indicado ser amigo do presidente, e sim em não ter o devido preparo técnico para o cargo.
Não vamos esquecer que Queiroz era amigo de longa data da família Bolsonaro, e talvez por isso fosse funcionário no gabinete de Flávio. Deu no que deu!
Mas o novo governo tem levantado suspeitas de favoritismo político em cargos de estatais, e eis o grande problema: não há como evitar isso sem privatizar essas estatais. Enquanto o estado for o acionista majoritário, o governo sempre terá uma influência demasiada e esse tipo de suspeita vai pairar sobre a cabeça do presidente, a menos que a indicação seja realmente acima de qualquer suspeita.
Até aqui, só a equipe de Paulo Guedes tem se mostrado totalmente blindada de ataques. Os desgastes mostram ao menos duas coisas: em primeiro lugar, como é difícil contornar as fraquezas da natureza humana, já que é apenas natural querer indicar amigos e recompensar lealdade e apoio.
Em segundo lugar, demonstra que a única solução definitiva é uma só: privatização! Por que o estado vai manter bancos públicos, empresa de petróleo e tudo mais? Escute seu ministro da Economia, Bolsonaro, e compre essa briga. Privatize já!
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