Rodrigo Constantino: Para a surpresa de ninguém, Lula usou velório como palanque

  • Por Rodrigo Constantino
  • 04/03/2019 08h23 - Atualizado em 04/03/2019 11h27
EFE Lula já não tinha respeitado o enterro da própria mulher, transformado em comício partidário. Mas alguns ainda nutriam uma esperança de que no velório do netinho, morto por meningite, haveria um limite. Ledo engano

Sinto muito azedar sua segunda-feira de carnaval, caro ouvinte ou espectador, mas o assunto é indigesto. Para a surpresa de quase ninguém, aquilo que temia-se aconteceu: Lula usou o velório do próprio neto como palanque político, para bancar a vítima e se fazer de coitadinho.

Não foi capaz de respeitar sequer a morte de uma criança de sete anos, pois viu ali uma oportunidade para atacar a Justiça e fazer discurso eleitoral – o homem está e esteve sempre, a vida toda, num palanque.

Lula já não tinha respeitado o enterro da própria mulher, transformado em comício partidário. Mas alguns ainda nutriam uma esperança de que no velório do netinho, morto por meningite, haveria um limite. Ledo engano. Que tipo de psicopata é incapaz de respeitar o luto de um garotinho?!

Quando alguns animais celebraram a morte do garoto nas redes sociais, saí logo em defesa da decência e condenando com veemência a barbárie. Deixem o garoto fora disso, respeitem um avô, mesmo que criminoso, nesse momento. Nos Pingos nos Is defendi também o direito legal de Lula ir ao velório, mesmo com o receio de muitos de que ele faria uso político da situação. Pior para ele se o fizer, eu disse. E, de fato, com essa atitude Lula só comprova que é completamente desprovido de empatia pelo próximo, que só enxerga seu próprio umbigo pela frente, que não passa de um oportunista sem caráter.
Paulo Okamotto, seu braço-direito que presidiu o Instituto Lula por anos, chegou a fazer um discurso em que chamou a ocasião de “festa”. O velório de um menino de 7 anos morto por uma bobagem! A fala viralizou na internet, gerando muita revolta, com razão. Petistas perderam, se um dia já tiveram, qualquer senso de decência.

Talvez o psiquiatra Dr. Rossiter esteja certo ao diagnosticar o esquerdismo como uma espécie de doença mental. Quando todos os aspectos da vida acabam sendo politizados, não resta mais espaço para a humanidade. Tudo vira disputa tribal, com extremistas toscos de um lado, insensíveis diante da perda de uma vida inocente, e extremistas toscos do outro, tentando tirar proveito eleitoral disso.

É dureza, meus caros…

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