Deputados articulam “distritão” para facilitar reeleição de desgastados

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2017 08h24
BRA100. BRASILIA (BRASIL), 12/04/2017 - Vista general de la Cámara de Diputados vacía hoy, miércoles 12 abril de 2017, en Brasilia (Brasil). Las investigaciones autorizadas por supuesta corrupción contra ocho ministros y decenas de legisladores de 14 partidos abrieron hoy otra fase de la aguda crisis política brasileña y dejaron contra la pared al Gobierno de Michel Temer. Además de ocho ministros y decenas de parlamentarios, en la lista de sospechosos están 12 de los 27 gobernadores del país y los cinco expresidentes brasileños vivos: José Sarney (1985-1990), Fernando Collor de Mello (1990-1992), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) y Dilma Rousseff (2011-2016). EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves "É um sistema que dificulta a renovação", diz Vera Magalhães

Deputados do PMDB, PSDB e de pelo menos oito partidos do chamado Centrão costuram um acordo para incluir o “distritão” na reforma política. Neste sistema, são eleitos para o legislativo apenas os mais bem votados de cada Estado.

A medida é vista como uma forma de garantir a reeleição de deputados. “Você substitui a atual proporcionalidade por um sistema em que são eleitos os mais bem votados. Por um lado, é bom porque o eleitor verá que o mais votado foi eleito. Por outro, facilita a reeleição de quem já está na Câmara, que é quem tem estrutura, tem mais financiamento. Então é um sistema que dificulta a renovação”, explica Vera Magalhães.

Emenda Lula

O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), relator da proposta de reforma política que tramita na Câmara, é fiel escudeiro de Lula e disse recentemente que não há motivo para recuar na emenda que, se aprovada, impede a prisão de candidatos até oito meses antes das eleições.

“Tudo o que eles podem fazer para manter o status quo e se manter no cargo, eles podem fazer”, critica Vera.

Reforma da Previdência em segundo plano

Com a volta do recesso programada para agosto, a prioridade está na votação da denúncia contra o presidente Michel temer, que será votada no plenário da Câmara logo no início do mês.

Antes prioridade número um do Governo no lançamento das reformas, a da Previdência passa para um plano secundário ou até mesmo terciário: “É impossível você imaginar que a previdência terá prioridade em um cenário desse em que a política tomou de assalto o parlamento”, finaliza Vera Magalhães.

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